Marina Anuncia que Nova Unidade de Conservação no Amapá Não Afeta Blocos de Petróleo

Ministra Marina Silva esclarece que unidade de conservação proposta no Amapá não incidirá sobre áreas de exploração de petróleo.
27/05/2025 às 13:17 | Atualizado há 4 meses
Unidade de conservação no Amapá
Projeto de conservação não invade obras de infraestrutura na Margem Equatorial. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, assegurou que a proposta de criação de uma unidade de conservação no Amapá não interfere nas áreas de exploração de petróleo da Petrobras na Margem Equatorial. A declaração foi dada durante uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, buscando esclarecer dúvidas sobre a iniciativa.

Marina Silva enfatizou que a proposta de criação da unidade de conservação é um projeto antigo, datado de 2005, e não uma medida recente para impedir a exploração de petróleo na região. Ela garantiu que a unidade de conservação não impede a instalação de infraestruturas necessárias, como oleodutos, gasodutos e portos, desde que devidamente licenciadas.

A ministra ressaltou que a necessidade de licenciamento ambiental para essas estruturas existe independentemente da criação da unidade de conservação. “É como se já estivesse dito: pode fazer, desde que faça o licenciamento, obviamente”, afirmou Marina, destacando que o processo de licenciamento é imprescindível para qualquer atividade desse tipo.

Na semana anterior, o Ibama autorizou a Petrobras a avançar nos estudos para perfuração de petróleo na Margem Equatorial. No entanto, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, alertou sobre a importância de evitar a “multiplicação desordenada de futuras solicitações de licenças ambientais” na região da foz do Amazonas. A aprovação do Ibama refere-se a uma proposta da Petrobras sobre como lidar com a fauna local em caso de derramamento de óleo, uma exigência para a licença final.

A exploração de petróleo na costa do Amapá tem gerado debates dentro do governo, com pressões do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de líderes políticos como Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues. O próprio presidente Lula já defendeu a exploração na área, afirmando que a Petrobras tem capacidade para realizar a atividade de forma responsável e que o Ibama não deve ser um obstáculo ao governo.

A área em questão, localizada na Margem Equatorial, é vista como uma das fronteiras mais promissoras para a Petrobras, com características geológicas semelhantes às da vizinha Guiana, onde a Exxon Mobil desenvolve grandes campos de petróleo.

Via Forbes Brasil

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