Unilever e CJ Selecta investem € 5,5 milhões em agricultura no Cerrado

Unilever e CJ Selecta aportam € 5,5 milhões em projeto de agricultura regenerativa no Cerrado, promovendo práticas sustentáveis.
27/05/2025 às 19:51 | Atualizado há 2 meses
Agricultura regenerativa na soja
Unilever e CJ Selecta investem € 5,5 milhões em agricultura regenerativa no Cerrado. (Imagem/Reprodução: Exame)

A Unilever Alimentos, em parceria com a CJ Selecta, anunciou o Renova Terra, um programa que almeja investir 5,5 milhões de euros, aproximadamente R$ 32 milhões, na transição para a Agricultura regenerativa na soja no Cerrado brasileiro. O projeto visa implantar práticas de cultivo em até 45 mil hectares até 2030, o que representa de 70% a 90% da pegada de soja utilizada pela marca Hellmann’s no Brasil.

Além de beneficiar a saúde do solo, a proposta também busca aumentar a produtividade, resiliência e rentabilidade dos agricultores, promovendo um impacto positivo em aspectos ambientais, sociais e econômicos. Essa iniciativa se alinha à meta global da Unilever de adotar práticas regenerativas em 1 milhão de hectares até 2030, cujo objetivo é integrar uma estratégia voltada para impacto positivo em clima e natureza, fundamentada na ciência.

O programa Renova Terra será executado em um prazo de cinco anos e meio, focando nas regiões do Sudoeste Goiano, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais. A iniciativa contará com a participação de até 45 produtores que receberão suporte financeiro e técnico. A implementação ocorrerá em colaboração com a TechnoServe, organização sem fins lucrativos que atua em diversos países para fomentar práticas agrícolas e mercados regenerativos.

Rodrigo Visentini, presidente da Unilever Alimentos no Brasil, afirma que a sustentabilidade está no centro das operações da empresa. Para ele, o Renova Terra representa uma resposta concreta aos desafios enfrentados no que diz respeito ao meio ambiente. Patrícia Sugui, gerente de ESG da CJ Selecta, complementa que o projeto não se limita à sustentabilidade, mas também transformará a forma de cultivar soja no Brasil, posicionando o país como um exemplo global em soluções inovadoras para o agronegócio.

O programa estabelecerá um monitoramento rigoroso dos impactos, avaliando indicadores como emissões de carbono, saúde do solo, biodiversidade e uso de defensivos agrícolas. A mensuração das emissões será conduzida por uma consultoria externa independente, garantindo a rastreabilidade e a transparência do projeto. O financiamento é dividido entre Unilever Alimentos e CJ Selecta, que também fornecerão capacitação e assistência técnica aos agricultores para a adoção das práticas regenerativas.

O plano estipula uma escalabilidade gradual, com expectativas de alcançar 20 mil hectares até 2027 e avançar até 45 mil hectares em 2030. Essa iniciativa tem o potencial de não apenas alterar a paisagem agrícola das regiões envolvidas, mas também de contribuir para a implementação de um modelo mais sustentável de produção de soja no Brasil, alinhando-se às metas globais de adoção de práticas agrícolas regenerativas.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.