Hyundai pode aumentar preços de veículos na América do Norte

A montadora sul-coreana estuda reajuste nos preços para contornar tarifas, impactando o mercado americano.
29/05/2025 às 17:46 | Atualizado há 1 mês
Aumento de preços de carros
Montadora sul-coreana revisa preços para enfrentar novas tarifas comerciais. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Diante das crescentes pressões econômicas, a **Hyundai** está considerando um **aumento de preços de carros** nos Estados Unidos. A medida visa atenuar os efeitos das tarifas impostas pelo governo, impactando diretamente o consumidor. Entenda como essa mudança pode afetar o mercado automotivo e as estratégias da montadora sul-coreana para manter sua competitividade.

Para mitigar o impacto das tarifas estabelecidas, a Hyundai planeja um reajuste de 1% nos preços sugeridos de todos os seus modelos. Essa alteração será aplicada já na próxima semana, segundo fontes familiarizadas com a estratégia. A medida impactará os veículos recém-fabricados, preservando os preços dos carros já disponíveis nas concessionárias.

Além do reajuste no preço base, a Hyundai também deve aumentar as taxas de envio e os custos de opcionais instalados antes da chegada dos veículos aos revendedores, como tapetes e barras de teto. A empresa busca, assim, evitar um aumento ainda maior no preço inicial dos carros. As discussões sobre essas medidas ainda estão em andamento e podem sofrer alterações.

A Hyundai, por meio de comunicado, declarou que sua estratégia de preços é planejada para assegurar a competitividade no mercado, ressaltando que nenhuma decisão definitiva foi tomada até o momento. A empresa afirmou que este período marca sua revisão anual de preços, orientada pela dinâmica do mercado e pela demanda dos consumidores. A Hyundai assegura que continuará a se adaptar às mudanças na oferta e demanda, bem como às regulamentações, adotando uma estratégia de preços flexível e programas de incentivos direcionados.

Essa possível ação da Hyundai representa uma das respostas mais abrangentes de uma montadora às tarifas elevadas impostas sobre carros e peças importadas. A empresa, que está entre as maiores vendedoras de automóveis nos EUA, havia se comprometido a manter os preços estáveis até 2 de junho para sua marca principal e para a linha de luxo Genesis.

José Muñoz, CEO da Hyundai, comentou que não esperava um aumento repentino e expressivo nos preços, mas não detalhou os planos para o restante do ano. O aumento de preços e as taxas mais altas devem adicionar algumas centenas de dólares ao custo de cada veículo. Apesar de possuir grandes fábricas de montagem nos EUA, o Hyundai Motor Group é um dos maiores importadores de veículos acabados no país.

Em março, o Hyundai Motor Group anunciou um investimento significativo de US$ 21 bilhões nos EUA para localizar mais peças e a produção de veículos, incluindo uma nova siderúrgica na Louisiana e a expansão de sua fábrica de montagem em Savannah, Geórgia. Esses investimentos permitirão que a Hyundai e a Genesis produzam 70% dos veículos que vendem nos EUA em plantas domésticas, conforme informado por Muñoz.

Apesar dos investimentos e do encontro do presidente da Hyundai, Chung Euisun, com o então presidente Trump na Casa Branca, a montadora não obteve alívio nas tarifas para a empresa ou para a Coreia do Sul. As montadoras têm sido cautelosas em relação ao aumento de preços, mesmo com alertas de que as tarifas podem adicionar milhares de dólares em custos adicionais por veículo. A Ford, por exemplo, elevou os preços de três modelos importados do México, enquanto outras montadoras revisaram suas metas financeiras devido à instabilidade do comércio global.

O possível **aumento de preços de carros** da Hyundai nos EUA surge como uma resposta estratégica às tarifas impostas e aos desafios do mercado automotivo. A medida, que inclui um reajuste nos preços base e nas taxas de envio, busca garantir a competitividade da marca. Os investimentos em produção local e a adaptação contínua às dinâmicas do mercado serão cruciais para o futuro da Hyundai no cenário automotivo americano.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.