Baleias evitam orcas ao cantar baixinho e se protegem de predadores

Baleias evitam orcas: Descubra como esses gigantes marinhos usam sons de baixa frequência para escapar de predadores. Estratégias de defesa reveladas!
15/02/2025 às 12:34 | Atualizado há 4 meses
Baleias evitam orcas
Baleias evitam orcas

No vasto oceano, a sobrevivência depende de adaptações complexas e estratégias refinadas. Um estudo recente revelou que algumas baleias evitam orcas, adotando um método de comunicação surpreendente. Ao ajustarem sua frequência vocal para tons mais baixos, esses gigantes marinhos conseguem se manter fora do alcance auditivo de seus predadores, garantindo, assim, sua segurança e continuidade de vida nos oceanos.

O som desempenha um papel vital na vida marinha, influenciando desde a busca por alimento até a comunicação entre indivíduos. Os misticetos, conhecidos por suas elaboradas canções, utilizam o som para diversas finalidades. No entanto, essa comunicação sonora atrai a atenção de predadores, como as orcas, que se beneficiam da capacidade de rastrear suas presas através do som.

As orcas, predadores formidáveis dos oceanos, representam uma ameaça para diversas espécies de baleias. Elas frequentemente caçam em grupo, mirando em pares de mãe e filhote, explorando a vulnerabilidade das baleias de barbatana que, em sua maioria, viajam sozinhas. Em resposta a essa ameaça, algumas baleias desenvolveram comportamentos de defesa, incluindo a fuga e, notavelmente, a modificação de sua comunicação vocal.

Um estudo publicado na _Marine Mammal Science_ investigou como certas espécies de baleias de barbatana evitam a detecção por orcas. A pesquisa revelou que baleias como as azuis, boreais, de Bryde, minke e fin emitem sons em frequências tão baixas que se tornam inaudíveis para as orcas, que não conseguem detectar sons abaixo de 100 hertz. Essa adaptação permite que essas baleias evitam orcas eficazmente, minimizando o risco de serem rastreadas.

Em contraste, outras espécies de misticetos, como as baleias francas, da Groenlândia, cinzentas e jubarte, optam por enfrentar as orcas e não se preocupam em reduzir o volume de suas vocalizações. Trevor Branch, da Universidade de Washington, liderou experimentos para examinar a audição das orcas e a frequência dos sons emitidos por diferentes populações de baleias, combinando esses dados com o conhecimento de como o som se propaga no oceano.

A pesquisa de Branch mostrou que os sons das espécies que adotam a estratégia de fuga raramente se propagam por mais de um quilômetro antes de se dissiparem. Isso significa que, mesmo que as orcas pudessem ouvi-los, seria difícil rastrear as baleias. Branch observou que o medo da predação influencia profundamente o comportamento dessas baleias.

As baleias que preferem lutar geralmente migram e têm filhotes em águas costeiras rasas, que oferecem proteção contra ataques de orcas. Sua comunicação ocorre em frequências mais altas, acima de 1.500 hertz, que podem ser facilmente detectadas pelas orcas. Em contrapartida, as espécies que fogem possuem corpos mais aerodinâmicos, adaptados para a velocidade, e se dispersam em vastas áreas do oceano aberto para se reproduzir, facilitando a fuga em várias direções.

O canto também desempenha um papel importante nos padrões de acasalamento. Baleias macho que fogem precisam que suas canções de acasalamento alcancem o maior número possível de fêmeas. Por isso, suas músicas são simples e repetitivas, permitindo que cantem por longos períodos e que as fêmeas rastreiem a origem do som.

Essa estratégia de baleias evitam orcas através de “crípse acústica” minimiza o risco de exposição a ataques. A pesquisa de Branch sugere que essa adaptação pode ter evoluído como um mecanismo de defesa.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.