No cenário automotivo chinês, a recente estratégia de preços da BYD tem gerado debates acalorados. A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) expressou preocupações sobre a concorrência desleal da BYD após a empresa reduzir drasticamente os preços de seus veículos elétricos, levantando questões sobre o futuro do mercado e as margens de lucro das montadoras.
A CAAM divulgou um comunicado alertando sobre as possíveis consequências de uma guerra de preços, mencionando que a prática pode intensificar a concorrência predatória e comprimir as margens de lucro das empresas do setor. Essa pressão, segundo a associação, pode comprometer a qualidade dos produtos, as garantias de pós-venda e, em última análise, os direitos e a segurança dos consumidores.
Após a BYD reduzir os preços em até 34%, suas ações e as de outras fabricantes de veículos elétricos sofreram um impacto negativo. A Li Auto, uma concorrente, chegou a prever uma receita abaixo das estimativas para o segundo trimestre, refletindo a instabilidade causada pela redução de preços e a demanda mais fraca dos consumidores.
A CAAM fez um apelo para que todas as montadoras sigam os princípios de “concorrência justa”, evitando práticas monopolistas que possam prejudicar outras empresas. A associação enfatizou a importância de não vender produtos a preços abaixo do custo, buscando um equilíbrio que preserve a saúde do mercado e os interesses de todos os envolvidos.
A associação também pediu que as empresas do setor automotivo mantenham um ambiente de negócios justo e aberto, onde a qualidade e o serviço sejam priorizados em vez de simplesmente competir em preços. A mensagem central é que a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo da indústria dependem de práticas comerciais responsáveis.
Via InfoMoney
