Pentágono destaca ameaça da China e pede mais investimentos em defesa

Pentágono aponta para crescente ameaça chinesa e solicita que aliados na Ásia aumentem gastos com defesa.
31/05/2025 às 16:02 | Atualizado há 7 dias
Ameaça da China
Estados Unidos alertam sobre a iminente ameaça da China, segundo Pete Hegseth. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, emitiu um alerta sobre a **ameaça da China**, durante o Diálogo Shangri-La em Singapura. Hegseth enfatizou que essa ameaça é real e potencialmente iminente, instando os aliados do Indo-Pacífico a aumentarem seus investimentos em defesa. Ele destacou a prioridade que o governo Trump sempre deu à região do Indo-Pacífico.

Hegseth expressou preocupação com as ações de Pequim, alertando que qualquer tentativa de tomada de Taiwan teria consequências devastadoras para a região e para o mundo. Ele reiterou a posição de Trump de que a China não invadiria Taiwan sob sua liderança. A China considera Taiwan como parte de seu território e tem intensificado a pressão militar e política sobre a ilha, aumentando os exercícios militares na área.

O governo de Taiwan rejeita as reivindicações de soberania de Pequim, defendendo que o futuro da ilha deve ser decidido pelo seu povo. Hegseth afirmou que Pequim está se preparando para usar a força militar para alterar o equilíbrio de poder no Indo-Pacífico. A China respondeu às declarações, acusando Hegseth de difamação e de disseminar a teoria da ameaça da China.

A embaixada chinesa em Singapura afirmou que os Estados Unidos são os principais causadores de problemas para a paz e a estabilidade regionais. Os comentários de Hegseth sobre o aumento dos gastos em defesa pelos aliados podem gerar desconforto, apesar de ele ter se dirigido a um público considerado favorável em Singapura. O Ministro da Defesa da China, Dong Jun, não compareceu ao fórum, e Pequim enviou apenas uma delegação acadêmica.

Hegseth já havia criticado os aliados europeus por não investirem o suficiente em sua própria defesa, alertando contra tratar os Estados Unidos como um “otário”. O presidente francês, Emmanuel Macron, concordou com Hegseth sobre a necessidade de a Europa aumentar seus gastos militares. Hegseth mencionou que os membros da OTAN estão se comprometendo a gastar 5% do PIB em defesa, incentivando os aliados asiáticos a seguirem o exemplo.

O ministro da Defesa holandês, Ruben Brekelmans, notou a importância do reconhecimento dos Estados Unidos de que os países europeus estão se preparando. A senadora democrata Tammy Duckworth considerou que Hegseth foi condescendente com os aliados do Indo-Pacífico, embora tenha reconhecido o compromisso dos Estados Unidos com a região.

Um estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos apontou que os gastos com armas e pesquisas estão aumentando em alguns países asiáticos, em resposta a um cenário de segurança mais sombrio. As nações asiáticas gastam em média 1,5% do PIB em defesa, um número relativamente constante na última década. Hegseth sugeriu que a Europa se concentre na segurança do continente europeu, permitindo que Washington foque na ameaça da China no Indo-Pacífico.

Hegseth, ex-apresentador da Fox TV, abordou temas como a restauração do “espírito guerreiro”, defendendo que os Estados Unidos não estão ali para impor políticas ou ideologias, mas para trabalhar em conjunto quando os interesses se alinham. O foco é em respeitar as tradições e forças armadas de cada nação, buscando uma colaboração mútua.

Via Money Times

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