Morre aos 81 anos Stanley Fischer, ex-presidente do Banco de Israel

Stanley Fischer, renomado economista e ex-presidente do Banco de Israel, faleceu aos 81 anos, deixando um legado na economia global.
01/06/2025 às 10:34 | Atualizado há 3 meses
Morte de Stanley Fischer
Stanley Fischer, ícone da economia, nos deixou aos 81 anos, mas seu legado permanece. (Imagem/Reprodução: Exame)

Stanley Fischer, um proeminente professor e praticante de macroeconomia, faleceu na madrugada de sábado aos 81 anos. A morte de Stanley Fischer foi confirmada pelo Banco de Israel em um comunicado que expressou condolências. Ele era amplamente reconhecido por sua orientação a bancos centrais de Israel e dos Estados Unidos, além de ter sido mentor de várias personalidades influentes no campo da economia.

Fischer, que ocupou o cargo de vice-presidente do Federal Reserve entre 2014 e 2017, também foi presidente do Banco de Israel por oito anos. Seu extenso currículo incluía posições notáveis no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial, assim como uma passagem como vice-presidente do Citigroup.

Entre os alunos que passaram por sua orientação no MIT estão figuras notáveis como Ben Bernanke, que se tornaria presidente do Fed, e Mario Draghi, que viria a ser presidente do Banco Central Europeu. Essa conexão com acadêmicos e futuros líderes ajudou a moldar a política econômica moderna. Fischer co-escreveu o livro ‘Macroeconomics’ em 1978, uma obra fundamental que apresentou a macroeconomia a muitos estudantes e profissionais da área. A versão mais recente foi publicada em 2018.

Foi em 1983 que sua atuação em emergências econômicas começou a ganhar destaque, quando foi convidado por George Shultz, secretário de Estado dos EUA, para ajudar Israel a sair de uma crise financeira profunda. Fischer participou de um programa de estabilização econômica que, em 1985, envolveu cortes nos subsídios e um pacote de ajuda dos EUA. Seu papel na recuperação foi significativo e se expandiu no FMI, onde ajudou a resolver diversas crises ao redor do mundo até 2001.

Durante sua liderança no Banco de Israel, Fischer instituiu uma série de mudanças na política monetária, incluindo a transferência de responsabilidades sobre as taxas de juros para um comitê mais amplo. Em 2005, Fischer assumiu a presidência do banco central, onde liderou cortes na taxa de juros durante a crise econômica de 2008, sendo o primeiro a realizá-los. Essa abordagem foi elogiada por manter a economia israelense em crescimento durante períodos difíceis.

Barack Obama o nomeou em 2014 como vice-presidente do Conselho de Governadores do Fed, sob a presidência de Janet Yellen. Após sua aposentadoria em 2017, ele se tornou consultor da BlackRock. Nasceu em Mazabuka, Zâmbia, em 1943, e sua trajetória acadêmica inclui importantes formações na London School of Economics e no MIT.

A morte de Stanley Fischer marca o fim de uma era para a macroeconomia. Seu legado persiste na forma como moldou economistas e políticas que impactaram globalmente. A comunidade econômica lamenta a perda de um intelectual que fez contribuições imensas ao entendimento da macroeconomia contemporânea.

Via Exame

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