No cenário corporativo desta segunda-feira, diversas empresas se destacaram com anúncios e decisões importantes que impactam o mercado financeiro. A Destaques corporativos de hoje incluem a JBS, que avançou em seu processo de dupla listagem, a Petrobras, com a aprovação da emissão de debêntures, e a Vale, que antecipou a divulgação de seu relatório financeiro com foco em sustentabilidade. Estas ações refletem o dinamismo e as estratégias das empresas em um ambiente de negócios em constante transformação.
A JBS (JBSS3) alcançou um marco significativo ao obter o registro de emissor estrangeiro junto à CVM para sua nova holding, a JBS N.V. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários aprovou o programa de BDRs Nível II, que serão listados na B3. Essa medida faz parte do processo de dupla listagem da companhia, o qual foi aprovado na semana anterior, representando um passo crucial para a internacionalização da empresa.
A partir de 6 de junho de 2025, as ações ordinárias da JBS deixarão de ser negociadas na B3, data em que se concretizará a incorporação das ações pela JBS Participações. Em contrapartida, os acionistas receberão os American Depositary Receipts (BDRs) da nova empresa listada no exterior, com início de negociação previsto para 9 de junho. Cada acionista da JBS receberá 1 BDR para cada 2 ações ordinárias detidas, conforme o modelo aprovado em assembleia no último dia 23.
A diretoria executiva da Petrobras (PETR4) aprovou a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures simples, não conversíveis em ações, distribuídas em até três séries. A estatal já havia sinalizado a possibilidade de tal emissão. Serão emitidas 3 milhões de debêntures, cada uma com o valor unitário de R$ 1 mil, alocadas conforme a demanda do mercado, sem a previsão de lote adicional.
Os recursos provenientes dessa emissão serão destinados a gastos, despesas ou dívidas relacionados a investimentos em projetos prioritários da empresa. Essa ação reforça o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento de projetos estratégicos, visando o crescimento e a sustentabilidade da companhia no longo prazo.
Além disso, Petrobras, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) têm “data com” programada para dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) na primeira semana de junho. No dia 2 de junho, os acionistas do Banco do Brasil tiveram direito a JCP no valor total de R$ 1,9 bilhão, equivalente a R$ 0,334 por ação, com pagamento previsto para 12 de junho. O Bradesco também definiu data base para JCP, com valores de R$ 0,017 por ação ordinária e R$ 0,019 por ação preferencial, com os juros sendo pagos em 1º de julho.
A Vale (VALE3) anunciou a antecipação da publicação de seu primeiro relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, cumprindo as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB). A empresa afirma ser a primeira mineradora global e a primeira empresa brasileira a elaborar tal documento seguindo essas normas.
O relatório detalha a estratégia da companhia para o enfrentamento das mudanças climáticas, incluindo riscos e oportunidades relacionados ao tema. O documento reportará investimentos de R$ 7,4 bilhões em iniciativas de descarbonização desde 2020 até o ano passado, com R$ 1,38 bilhão investidos somente em 2024.
A Gol (GOLL4) reportou um prejuízo líquido de R$ 440 milhões no mês de abril, conforme relatório enviado ao juízo de sua recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11). No mesmo período, a empresa registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 368 milhões, com margem Ebitda de 22%. A Gol encerrou abril com um caixa total de R$ 2 bilhões e uma dívida líquida de R$ 30,9 bilhões.
A Aura Minerals (AURA33) firmou um contrato com a AngloGold Ashanti para a aquisição da Mineração Serra Grande (MSG), que opera uma mina de ouro em Crixás, Goiás. A Aura pagará US$ 76 milhões em caixa na data de fechamento, sujeito a ajustes, além de pagamentos de contraprestação diferida equivalentes a uma participação de 3% sobre os retornos líquidos de fundição relativos à produção futura da MSG. A conclusão da transação está sujeita a condições precedentes, incluindo a aprovação do CADE.
Em resumo, o dia foi marcado por movimentações significativas de grandes empresas brasileiras, desde a JBS buscando expansão internacional até a Vale focada em sustentabilidade, demonstrando a diversidade de estratégias no mercado corporativo atual.
Via Money Times