O Carteira de ações para junho do BTG Pactual passou por reformulações, com destaque para o aumento da exposição ao setor de varejo. Essa mudança estratégica reflete uma análise dos resultados do primeiro trimestre de 2025, que superaram as expectativas, levando o banco a adicionar um nível maior de risco ao portfólio.
Para viabilizar essa nova alocação, o BTG Pactual decidiu diminuir sua participação nos setores financeiro e de serviços básicos, reduzindo a exposição de 60% para 40%. A exposição a commodities foi mantida em 10% para o mês de junho, equilibrando a carteira.
A Carteira de ações para junho agora inclui a SmartFit (SMFT3), devido à sua escala e potencial de retornos em um mercado ainda fragmentado. O Mercado Livre (MELI34) também retorna à carteira, impulsionado pelo crescimento contínuo de sua receita e pelas perspectivas sólidas em fintech.
No setor bancário, houve uma substituição do Banco do Brasil (BBAS3) pelo Nubank (ROXO34), motivada pelas tendências promissoras nos resultados do primeiro trimestre do Nubank e pela expectativa de crescimento acelerado no Brasil.
Outras mudanças incluem a substituição da Localiza (RENT3) pela Rumo (RAIL3), após um aumento de 35% no ano, e da Cury (CURY3) pela Cyrela (CYRE3), que já possui cerca de 40% de seus resultados vinculados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
A Petrobras (PETR4) foi trocada pela Prio (PRIO3) devido à melhor dinâmica de resultados desta última, mantendo a exposição a commodities. Em maio, o desempenho da carteira foi de 0,8%, inferior ao avanço de 1,5% do Ibovespa (IBOV).
A decisão de aumentar a exposição ao setor de varejo reflete uma temporada de resultados do primeiro trimestre de 2025 acima do esperado, impulsionada por uma economia mais forte. Isso pode levar a revisões de lucros positivas, especialmente no varejo, conforme analistas do BTG Pactual.
Adicionalmente, o banco observou uma queda nas taxas reais de longo prazo no Brasil, enquanto houve aumento nos EUA, diminuindo o diferencial de taxa real de longo prazo Brasil-EUA para 5,1%, de 5,5% no final de abril.
As taxas reais de longo prazo no Brasil permanecem elevadas, o que implica um risco considerável precificado nos títulos de longo prazo, embora os investidores possam estar mais confortáveis com o risco fiscal e político associado ao investimento no país.
A nova Carteira de ações para junho do BTG Pactual é composta por Mercado Livre (MELI34), Itaú Unibanco (ITUB4), Nubank (ROXO34), Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6), Rumo (RAIL3), Prio (PRIO3), Cosan (CSAN3), Smartfit (SMFT3) e Cyrela (CYRE3), cada uma com peso de 10%. Essas mudanças refletem uma busca por maior potencial de retorno e adaptação às condições econômicas atuais.
Via Money Times
