Raízen (RAIZ4) registra alta de 20% após venda de ações pela BlackRock

Raízen (RAIZ4) teve alta de 20% após BlackRock vender ações. Descubra as implicações dessa mudança no mercado.
03/06/2025 às 20:47 | Atualizado há 3 dias
Participação na Raízen
BlackRock reduz sua participação na Raízen para 3,83%. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Participação na Raízen da BlackRock sofreu uma alteração significativa, conforme um documento recente divulgado ao mercado. A gestora de ativos diminuiu sua fatia acionária para 3,83%, o que corresponde a 52 milhões de papéis da companhia. Segundo a BlackRock, essa movimentação tem fins estritamente de investimento, sem intenção de alterar o controle acionário da Raízen (RAIZ4).

Após atingir mínimas no último mês, as ações da Raízen experimentaram uma recuperação notável, com um aumento de 20%. Esse impulso foi impulsionado por notícias sobre um possível acordo para transferir projetos de geração de usinas solares para o Pátria Investimentos, conforme reportado pelo NeoFeed.

No ano anterior, a Raízen já havia vendido 31 usinas solares para a Élis Energia, também controlada pelo fundo do Pátria Investimentos, em uma transação de R$ 700 milhões. Além disso, a empresa concluiu a venda da usina de Leme para a Ferrari Agroindústria S.A e a Agromen Sementes Agrícolas Ltda por R$ 425 milhões.

De acordo com o BTG Pactual, a venda da usina de Leme está alinhada com a estratégia da nova gestão da Raízen para reduzir sua dívida. A companhia enfrentou um quarto trimestre desafiador na safra 2024/2025 (4T25).

A dívida bruta da Raízen aumentou R$ 5,2 bilhões para cobrir um consumo de capital de giro de R$ 7,1 bilhões, impactado pela substituição de adiantamentos a clientes e operações de forfait. O Bank of America (BofA) prevê mais um ano de consumo de caixa para a Raízen, mas espera uma diminuição no capex e ganhos de eficiência a partir do ano fiscal de 2027.

A decisão da Raízen de vender usinas de cana-de-açúcar e outros ativos faz parte de uma estratégia mais ampla. O BofA considera que a usina de Leme tinha um desempenho inferior no portfólio da Raízen, tornando sua venda mais vantajosa para evitar maiores perdas. A participação na Raízen continua sendo um ponto de interesse para investidores e analistas, à medida que a empresa implementa suas estratégias de reestruturação.

Essas ações visam otimizar o portfólio da empresa e melhorar sua saúde financeira a longo prazo. A participação na Raízen demonstra a busca contínua por investimentos estratégicos e gestão eficiente de ativos no setor.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.