De loucura a sucesso: como um negócio de maionese arrecadou US$ 200 milhões

Em apenas 3 anos, uma ideia considerada louca transformou-se em um negócio de US$ 200 milhões. Conheça essa trajetória inspiradora!
04/06/2025 às 15:18 | Atualizado há 2 dias
Sucesso da Primal Kitchen
De ideia louca a negócio de US$ 200 milhões em 3 anos: uma trajetória inspiradora!. (Imagem/Reprodução: Exame)

Em 2015, o setor de alimentos saudáveis era relativamente modesto, com a maionese custando entre 3 e 4 dólares. No entanto, Mark Sisson desafiou as convenções do mercado ao lançar sua versão por 10 dólares, utilizando óleo de abacate. Essa decisão contrária à opinião de especialistas originou a marca Primal Kitchen, que rapidamente se transformou em um negócio de 200 milhões de dólares em apenas três anos.

Sisson expressou ao Financial Times que, apesar do avanço da empresa, a parceria com a Kraft Heinz abriu oportunidades para conectar-se com um número ainda maior de consumidores em busca de produtos inovadores. A aquisição, realizada em 2018, foi parte da tentativa da Kraft Heinz de revitalizar seu valor de mercado ao incorporar o portfólio da Primal Kitchen, que se alinha com as crescentes demandas por alimentos saudáveis.

O caminho até o sucesso da Primal Kitchen não foi simples. Sisson dedicou mais de uma década criando autoridade no nicho de nutrição por meio de seu blog, Mark’s Daily Apple, que atraía cerca de 3,5 milhões de visitantes mensais. Além disso, ele gerava uma receita significativa com a venda de suplementos pela Primal Nutrition, o que lhe proporcionou uma base sólida para o lançamento de seu primeiro produto.

A ideia central da maionese era atender à dieta paleo, excluindo ingredientes artificiais e óleos processados. Inicialmente, 12.000 potes foram preparados por Sisson e sua cofundadora Morgan Zanotti, esgotando-se em uma semana. Um fator que contribuiu para esse sucesso inicial foi o engajamento da comunidade em torno do blog.

Curiosamente, a Primal Kitchen não seguiu o caminho tradicional de startups do setor alimentício. Sisson investiu 2 milhões de dólares de seus próprios recursos e tomou um empréstimo de 9 milhões, utilizando como garantia sua empresa de suplementos. Ele optou por controlar todas as operações, evitando pressões externas.

A marca rapidamente conquistou espaço nas prateleiras da Whole Foods e, em 2016, chegou à Publix, com receitas progredindo de 1,5 milhão de dólares no primeiro ano para 50 milhões em 2018, ano de sua aquisição. Zanotti, com expertise em marketing, potencializou a presença da Primal Kitchen nas redes sociais, utilizando táticas eficazes como a campanha #HoldtheCanola para disseminar a mensagem contra óleos refinados.

A aquisição da Primal Kitchen foi um passo importante para a Kraft Heinz, especialmente após não conseguir adquirir a Unilever por 143 bilhões de dólares. Com a pressão crescente do mercado, a multinacional buscou marcas que se conectassem mais intimamente com as atuais preferências dos consumidores. Após a compra, Sisson e Zanotti permaneceram no comando da marca dentro da unidade Springboard da Kraft, projetada para apoiar marcas emergentes no setor de alimentos saudáveis.

O sucesso da Primal Kitchen se reflete no fechamento de 2024 com vendas brutas em varejo de 250 milhões de dólares, o que representa um crescimento considerável em relação ao valor inicial de aquisição. O portfólio da empresa agora inclui uma variedade de produtos como molhos, barras, shakes e temperos. O modelo de negócios continua focado em ingredientes naturais e livre de aditivos artificiais, expandindo sua presença global e estabelecendo espaço em um mercado dominado por grandes marcas.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.