Jovem de 19 anos busca criar robôs com emoções

Descubra como um estudante pretende transformar robôs em máquinas sentimentos.
04/06/2025 às 16:19 | Atualizado há 3 dias
Robôs com emoções
Estudante inova ao buscar dar sentimentos a robôs, transformando a tecnologia. (Imagem/Reprodução: Exame)

Teddy Warner, aos 19 anos, fundou a Intempus com um objetivo ambicioso: revolucionar a interação entre humanos e robôs. A ideia é criar máquinas que, além de executar tarefas, simulem estados fisiológicos humanos, como as emoções. Em um campo onde a robótica avança rapidamente, Warner busca adicionar uma camada extra de complexidade, permitindo que as máquinas “sintam” de maneira semelhante a nós.

A proposta da Intempus é que os robôs com emoções, ao simularem mudanças de temperatura corporal ou frequência cardíaca, melhorem a comunicação com os humanos. Em vez de apenas reagir mecanicamente, a startup propõe que as máquinas apresentem uma resposta fisiológica antes de agir. Warner, utilizando seu trabalho com IA, chama essa resposta intermediária de “passo B”, acreditando que pode tornar as máquinas mais compreensíveis.

Apesar do potencial, a simulação de emoções em robôs enfrenta desafios técnicos e práticos. A aplicabilidade real e os benefícios concretos ainda não são claros. Em vez de criar novas plataformas de robôs, a Intempus busca alterar os robôs já existentes, o que pode reduzir custos, mas também limitar a inovação. A tecnologia foi desenvolvida a partir de um projeto de pesquisa que coleta dados como suor, temperatura corporal e frequência cardíaca, com o objetivo de aplicar essas informações nas reações dos robôs.

O projeto atraiu atenção, incluindo um financiamento de US$ 200.000 da Thiel Fellowship. No entanto, a ideia de robôs com emoções não é um consenso entre os especialistas. O campo da robótica já enfrenta desafios de aceitação, e a proposta de Warner pode não ser suficiente para transformar uma indústria que busca precisão e eficiência. Essa abordagem levanta questões sobre a real necessidade de uma máquina “emocional”. Robôs que demonstram sinais de “estresse” ou “frustração” podem ser uma solução para um problema que ainda precisa ser melhor compreendido.

No fim das contas, a Intempus está em estágio inicial, e o desafio é demonstrar sua viabilidade no mercado de robótica. Warner lidera o projeto como fundador e CEO, buscando expandir o alcance e a aplicação da tecnologia desenvolvida. É incerto se essa visão se concretizará em um mercado que exige resultados práticos.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.