O Brasil aguarda novas diretrizes nas negociações climáticas, com expectativas elevadas em relação à COP30 em Belém. As tratativas para o cumprimento das metas do Acordo de Paris e do Artigo 6 referente ao mercado de carbono ganham destaque neste período. Recentemente, o Parque da Cidade em Belém ganhou atenção, com 90% de suas obras concluídas e uma parte liberada para a população em breve.
Esse parque será o local onde a ONU vai instalar as estruturas para a COP30, incluindo os Pavilhões Azul e Verde. Essas estruturas são fundamentais para as negociações entre os governos e os diálogos intersetoriais. O evento contará com a presença de figuras importantes, como Dan Ioschpe, Campeão Climático de Alto Nível da COP30, designado pelo Presidente Lula. Ioschpe terá a tarefa de fomentar o diálogo entre o setor privado, o governo e a sociedade civil, buscando engajar empresas no caminho da sustentabilidade.
Além de Dan Ioschpe, a visita também incluiu destaque a figuras como Nigel Topping, que atuou na COP26 em Glasgow, e Gonzalo Muñoz, do processo da COP25. A alocação de recursos dos governos federal e estadual foi crucial para acelerar as obras do parque, que visa se tornar um dos maiores espaços públicos urbanos da Região Norte após a cúpula climática.
Com uma área de 500 mil metros quadrados, o Parque da Cidade oferecerá áreas verdes, espelhos d’água, ciclovias e equipamentos esportivos, além de infraestrutura para eventos culturais. Este espaço não apenas servirá para a conferência, mas também proporcionará um local acessível para a população de Belém.
Participar das COPs há 16 anos permitiu à organização liderar articulações que buscam financiar a transição climática. A criação de um espaço de qualidade para diálogos é fundamental, dado que esta cúpula promete ser uma das mais significativas em seus 30 anos de história. O Parque da Cidade tem potencial para se tornar um marco na luta por bioeconomia, justiça climática e conservação da biodiversidade.
O Brasil já foi palco de importantes conferências no passado, como a Rio92 e a Rio+20. Na primeira, países de todo o mundo concordaram em estabelecer o conceito de desenvolvimento sustentável e criaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Isso foi vital para o Acordo de Paris, que norteia as ações climáticas atualmente.
Atualmente, a Presidência da COP30 transmite a mensagem de um “mutirão pelo clima”, convocando todos os setores para ação coletiva. Os interlocutores locais ressaltaram a importância de uma agenda de investimentos eficaz, colocando a adaptação no centro das decisões.
Por meio de um contato próximo com a sociedade civil, esta será a “COP das pessoas”, a primeira realizada em um país democrático em três anos. É crucial que as conversas multilaterais estejam em andamento para alcançar os objetivos esperados em novembro. Enquanto os governos debatem, o papel das empresas e investidores se torna essencial para fomentar o diálogo sobre financiamento, alinhando todos os agentes com o poder de decisão.
Sabendo que a COP30 em Belém pode ser um marco significativo, é fundamental mobilizar a sociedade para garantir que o evento represente um avanço real nas negociações climáticas. Consciente disso, brasileiros e envolvidos buscam desmistificar medos e acelerar os investimentos necessários.
Via Exame