Os mercados globais enfrentam turbulências nesta sexta-feira, impactados por recentes tensões geopolíticas. Ataques atribuídos a Mercado nesta sexta-feira
em Israel contra o Irã agitaram as bolsas internacionais, já pressionadas pelas negociações dos Estados Unidos para conter a produção nuclear iraniana. A incerteza paira sobre investidores e analistas, que avaliam os possíveis desdobramentos desse cenário complexo e suas implicações para a economia global.
As repercussões dos eventos no Oriente Médio já se fazem sentir nos mercados asiáticos, que registraram fechamentos em baixa. A Europa e os futuros de Wall Street também operam em território negativo, com quedas superiores a 1%, refletindo a cautela dos investidores diante do aumento da instabilidade. A possibilidade de uma escalada do conflito preocupa, impulsionando a busca por ativos considerados mais seguros.
O petróleo, um dos ativos mais sensíveis a tensões geopolíticas, disparou mais de 11% após os ataques no Irã, um dos maiores produtores mundiais. O país controla o estratégico Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 25% da produção global de petróleo, tornando qualquer conflito na região um risco para o abastecimento mundial. O Brent e o WTI avançaram mais de 8%, com o barril superando os US$ 70, patamar não visto desde março.
As criptomoedas, conhecidas por sua volatilidade, não escaparam do clima de aversão ao risco. O bitcoin opera em torno de US$ 104 mil, com queda de 2,6%, enquanto o ethereum recua 8,5%, sendo negociado a US$ 2.500. O cenário global incerto afeta o apetite por ativos de risco, incluindo as moedas digitais.
No Brasil, o Ibovespa deve sentir o impacto do cenário internacional, somado às incertezas internas sobre a questão do IOF. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, surpreendeu o governo ao anunciar a urgência de um projeto para derrubar o novo pacote do IOF, intensificando o debate sobre a política fiscal. No último pregão, o Ibovespa fechou com alta de 0,49%, aos 137.799,74 pontos, enquanto o dólar encerrou a R$ 5,5426, com alta de 0,09%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal ETF brasileiro em Nova York, registrou queda de 0,25% no after-market, cotado a US$ 28,08. O mercado doméstico acompanha de perto os desdobramentos do cenário externo e as discussões sobre a política econômica interna.
Diante deste cenário complexo, os investidores devem monitorar de perto os acontecimentos no Oriente Médio e seus impactos nos mercados globais. As decisões políticas e econômicas no Brasil também merecem atenção, em um ambiente de incertezas e volatilidade.
Via Money Times