Brasil avança quatro posições no Ranking Global de Competitividade

Brasil melhora no Ranking de Competitividade, mas ainda carece de estratégia para crescimento sustentável em longo prazo.
16/06/2025 às 20:32 | Atualizado há 2 semanas
Ranking Mundial de Competitividade
Avaliar a competitividade dos países é fundamental para um ambiente econômico saudável. (Imagem/Reprodução: Tiinside)

O Brasil subiu quatro posições no Ranking Mundial de Competitividade de 2025, alcançando o 58º lugar entre 69 países, segundo o anuário do IMD em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). Apesar do avanço, impulsionado pelo desempenho econômico e empresarial e pelo aumento da massa salarial devido ao pleno emprego, especialistas apontam a necessidade de investimentos estruturais de longo prazo.

O estudo revela que, embora o Brasil tenha apresentado crescimento em alguns setores, um plano estratégico com horizonte de cinco anos é fundamental para garantir a sustentabilidade e o avanço contínuo na competitividade global. A análise detalhada do Ranking Mundial de Competitividade oferece insights valiosos sobre os pontos fortes e fracos do país.

A liderança do Ranking Mundial de Competitividade em 2025 ficou com a Suíça, que ascendeu da segunda posição no ano anterior. Singapura garantiu o segundo lugar, mantendo sua proeminência em performance econômica, enquanto Hong Kong conquistou o terceiro lugar, destacando-se pela eficiência empresarial e institucional. Dinamarca e Emirados Árabes Unidos completam o top 5.

Entre os países com as piores colocações estão Venezuela, Namíbia, Nigéria, Turquia, Mongólia e África do Sul, que continuam a enfrentar desafios relacionados à instabilidade institucional, baixa integração econômica e infraestrutura precária. A Eslováquia, entre os países europeus, também apresentou dificuldades, devido a entraves regulatórios e institucionais.

No continente asiático, Singapura, Hong Kong e Taiwan se destacam, consolidando a liderança regional com alto desempenho em tecnologia, governança e integração internacional. A Mongólia, por outro lado, enfrenta desafios significativos em estabilidade macroeconômica e infraestrutura.

Historicamente, os países líderes no Ranking Mundial de Competitividade mantiveram certa constância, com a Suíça destacando-se pela inovação, educação de excelência e ambiente de negócios favorável. Singapura e Hong Kong também permanecem no topo, graças aos investimentos em infraestrutura digital e políticas públicas voltadas à inovação.

A Dinamarca apresentou um crescimento consistente, impulsionado pela digitalização do setor público e pela consolidação de ecossistemas colaborativos. Os Emirados Árabes Unidos e Taiwan foram os que mais subiram no ranking, resultado de estratégias de diversificação econômica e investimentos em tecnologia e educação.

Os países mais bem colocados no ranking compartilham características como abertura para o comércio internacional e investimento estrangeiro, baixa carga tributária e simplificação de impostos, regras claras para fazer negócios e estabilidade legal, forte geração e transferência de conhecimento, e um plano estratégico de nação com visão de longo prazo.

O Brasil, apesar da melhora em 2025, ainda enfrenta desafios em infraestrutura, produtividade, ambiente regulatório e governança. O país se destacou no fluxo de investimento direto estrangeiro, crescimento de longo prazo de emprego, subsídios governamentais, atividade empreendedora e energias renováveis.

No entanto, indicadores como exportações de serviços comerciais, mão de obra qualificada, educação primária e secundária, habilidades linguísticas e dívida corporativa ainda apresentam desempenho abaixo do ideal. A tabela do *IMD World Competitiveness Ranking 2025* detalha os pontos fortes e fracos do Brasil, oferecendo um panorama para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias empresariais.

O Brasil precisa enfrentar desafios como custo de capital e dívida corporativa, educação e habilidades linguísticas, mão de obra qualificada e produtividade, abertura econômica e inserção internacional, e ambiente regulatório. Reformas estruturais e políticas focadas nessas áreas são essenciais para garantir um desenvolvimento sustentável e competitivo no cenário global.

O Ranking Mundial de Competitividade do IMD serve como um importante guia para políticas públicas e estratégias corporativas, destacando a necessidade de investir em educação, inovação, governança digital e sustentabilidade. O futuro da competitividade brasileira depende da capacidade de superar desafios estruturais e fortalecer seus pontos fortes.

Via TI Inside

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.