Brasil Avança no Ranking de Competitividade Digital

O Brasil teve avanços no ranking de competitividade digital, mas ainda está entre os últimos. Veja a análise dos dados.
17/06/2025 às 06:06 | Atualizado há 2 semanas
Ranking de Competitividade Digital
Crescimento econômico em meio a desafios no custo de capital e educação. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O Ranking de Competitividade Digital, divulgado pela Fundação Dom Cabral (FDC), revelou que o Brasil avançou quatro posições, alcançando o 58º lugar entre 69 países avaliados pelo International Institute for Management Development (IMD). A análise considera o desempenho em performance econômica, eficiência governamental e empresarial, e infraestrutura, com Suíça, Singapura e Hong Kong liderando a lista.

O Brasil tem mostrado crescimento, impulsionado pelo investimento estrangeiro direto, bons indicadores do mercado de trabalho e subsídios governamentais. Apesar disso, o país permanece nas últimas posições do Ranking de Competitividade Digital nos últimos dez anos.

Hugo Tadeu, professor da FDC, aponta que o Brasil não apresentou avanços significativos em uma década, devido à falta de reformas, abertura comercial, investimento estrangeiro, simplificação tributária, livre comércio, inovação e formação de mão de obra qualificada. Ele destaca cinco pontos críticos para o Brasil: custo de capital e dívida corporativa, educação e habilidades linguísticas, mão de obra qualificada e produtividade, abertura econômica e ambiente regulatório.

Para melhorar o Ranking de Competitividade Digital, o Brasil precisa reduzir juros, desburocratizar o crédito, fortalecer o mercado de capitais e buscar estabilidade macroeconômica. O país enfrenta deficiências em educação e proficiência em línguas estrangeiras, impactando a formação de uma força de trabalho qualificada. É crucial investir em educação básica, reformular currículos e capacitar continuamente os adultos.

A escassez de mão de obra qualificada e a baixa produtividade limitam o crescimento e a inovação. A solução envolve investir em educação profissional, programas de requalificação e fortalecer parcerias entre o setor público e privado. Apesar dos avanços econômicos, o Brasil ainda está pouco integrado ao comércio internacional, com baixas posições em exportações de serviços e receitas de turismo. Reduzir barreiras tarifárias, diversificar a pauta exportadora, ampliar acordos comerciais e modernizar a infraestrutura de comércio exterior são medidas necessárias.

O ambiente regulatório brasileiro é complexo, com alta carga tributária, barreiras comerciais, burocracia e incerteza fiscal. Simplificar e digitalizar processos, adotar responsabilidade fiscal e melhorar a transparência são fatores essenciais para atrair investimentos e aumentar a competitividade no Ranking de Competitividade Digital.

Hugo Tadeu enfatiza a relevância do setor acadêmico e da transferência de conhecimento para a competitividade global. Países com forte investimento em pesquisa e desenvolvimento, como Suíça, Singapura e Hong Kong, se destacam no cenário mundial. A economia brasileira precisa migrar para um ambiente independente de commodities e alicerçado na exportação de tecnologia e conhecimento.

Para alcançar posições mais elevadas no Ranking de Competitividade Digital, o Brasil deve priorizar políticas públicas que melhorem a qualidade da educação e a transferência de conhecimento, com foco nas universidades. Acompanhe as próximas atualizações e descubra como o Brasil pode fortalecer sua posição no cenário global de competitividade digital.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.