Falência da Nikola: fabricante de caminhões elétricos enfrenta crise após escândalo com CEO

Falência da Nikola: entenda a crise da fabricante de caminhões elétricos após escândalos e desafios financeiros. Saiba mais!
19/02/2025 às 13:33 | Atualizado há 4 meses
Falência da Nikola
Falência da Nikola

A Falência da Nikola marca o desfecho de uma trajetória atribulada para a empresa, outrora vista como promessa no setor de veículos elétricos. Após enfrentar dificuldades com vendas, mudanças na liderança e um escândalo de fraude, a Nikola Corporation solicitou recuperação judicial, conforme o Capítulo 11, em Delaware, planejando liquidar seus ativos.

O pedido de falência encerra a tentativa da fabricante de caminhões elétricos e movidos a hidrogênio de superar desafios financeiros, incluindo a diminuição do caixa, o baixo volume de vendas e a desvalorização das ações. A Bloomberg já havia noticiado que a Nikola explorava essa possibilidade, admitindo seus esforços para obter capital.

As ações da Nikola sofreram uma queda acentuada de 54% antes da abertura do mercado em Nova York, com uma perda de 97% do seu valor nos últimos doze meses. A empresa se tornou pública em 2020, e logo após, denúncias de que seu fundador, Trevor Milton, teria exagerado as capacidades do primeiro caminhão da Nikola vieram à tona, levando à sua saída e posterior condenação por fraude.

Nos últimos anos, a Nikola enfrentou problemas de fluxo de caixa, demanda fraca e alta rotatividade de executivos. Em 2023, a empresa também precisou fazer o recall de seus caminhões elétricos devido a incêndios nas baterias, interrompendo temporariamente as vendas. O CEO Steve Girsky liderava uma iniciativa para levantar recursos ou encontrar alternativas estratégicas.

A Nikola junta-se a outras fabricantes que sucumbiram às dificuldades do mercado de veículos elétricos, que enfrenta desafios como altos custos, infraestrutura de carregamento inadequada e falta de interesse dos consumidores. Fisker também declarou falência em junho, enquanto a Canoo anunciou seu pedido em janeiro.

Com o pedido de falência da Nikola, a empresa busca autorização para prosseguir com um processo de leilão e venda, afirmando que pretende honrar seus compromissos com os funcionários e que possui US$ 47 milhões em caixa. O valor de mercado da Nikola, que chegou a US$ 29 bilhões, caiu para menos de US$ 100 milhões antes do pedido de falência.

Em um ambiente de incertezas no setor de veículos elétricos, a falência da Nikola serve como um lembrete dos desafios enfrentados pelas empresas em um mercado em constante evolução. Resta aguardar os próximos capítulos do processo de leilão e venda, e como os ativos da empresa serão aproveitados no futuro.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.