A Importância da Regeneração Florestal nas Mudanças Climáticas

Descubra por que a regeneração florestal é essencial na luta contra as mudanças climáticas.
24/06/2025 às 21:48 | Atualizado há 3 meses
Regeneração florestal na luta
A urgência da necessidade deve ser a prioridade nas políticas atuais. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A regeneração florestal na luta contra as mudanças climáticas ganha destaque com novas pesquisas. Florestas secundárias, que se regeneram naturalmente após o desmatamento, têm um potencial surpreendente na absorção de carbono. Cientistas apontam que essas áreas, frequentemente negligenciadas, podem ser cruciais para alcançar as metas de emissões líquidas zero e desacelerar o aquecimento global.

Essas florestas jovens removem carbono da atmosfera até oito vezes mais rápido por hectare do que as florestas recém-plantadas. Essa capacidade, no entanto, é frequentemente ignorada em políticas de conservação, que priorizam florestas tropicais antigas. A falta de proteção adequada leva ao desmatamento precoce dessas florestas secundárias, limitando seu potencial climático.

Empresas em todo o mundo investem milhões em reflorestamento para gerar créditos de carbono, mas as florestas secundárias têm um ciclo de vida curto devido ao desmatamento, incêndios e pragas. Nos trópicos, apenas 6% dessas florestas atingem duas décadas de regeneração, um ciclo vicioso que impede a regeneração florestal na luta contra as mudanças climáticas.

Nathaniel Robinson, cientista do Centro de Pesquisa Florestal Internacional e Agrofloresta Mundial, destaca que a vulnerabilidade dessas florestas está ligada a brechas nas políticas de conservação. Robin Chazdon, pesquisador do Instituto de Pesquisa Florestal da Universidade de Sunshine Coast, ressalta que uma avaliação refinada do potencial de mitigação de carbono pode moldar novas políticas climáticas.

A Reuters revelou como a Moratória da Soja na Amazônia permite a comercialização de soja cultivada em florestas secundárias destruídas como livres de desmatamento. Susan Cook-Patton, cientista da The Nature Conservancy, afirma que as florestas secundárias jovens, apesar de sua rápida remoção de carbono, não recebem o devido reconhecimento.

Na Amazônia brasileira, metade das florestas secundárias é desmatada em até oito anos após a rebrota. Políticas de conservação precisam urgentemente incluir a proteção dessas áreas para maximizar a regeneração florestal na luta contra as mudanças climáticas e garantir um futuro mais sustentável.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.