Na quarta-feira, o Ibovespa recua, refletindo a volatilidade do mercado financeiro após um período de ganhos impulsionados por um cessar-fogo entre Irã e Israel. A instabilidade geopolítica e a incerteza sobre a durabilidade do acordo mantêm os investidores em alerta. Na Europa, todos os índices financeiros apresentaram retração, enquanto em Wall Street, apenas o Nasdaq registrou um leve avanço de 0,31%.
As declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), sobre os planos tarifários do governo Trump, continuaram a impactar o mercado. Powell alertou para o risco de inflação persistente, o que exige cautela do banco central ao considerar novos cortes nas taxas de juros. No Brasil, o mercado também monitora a possível derrubada no Congresso do decreto do IOF editado pelo governo.
Ao final da sessão, o Ibovespa registrou uma queda de 1,02%, atingindo 135.767,29 pontos. A cotação do dólar, por sua vez, apresentou alta de 0,69%, cotado a R$ 5,5575, movimento contrário ao observado em relação à maioria das outras divisas.
Alguns dos destaques negativos do dia incluem a queda de 5,52% da HAPVIDA ON, revertendo o avanço da sessão anterior. Analistas do Goldman Sachs destacaram que a desaceleração na judicialização da saúde suplementar não deve aliviar as provisões da Hapvida de imediato.
A CSN ON também recuou 4,98%, impactada pela divulgação de dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), que apontam para um cenário de queda nos preços do aço plano devido aos altos estoques e portos congestionados. USIMINAS PNA e GERDAU PN também fecharam em baixa, com declínios de 4,29% e 1,43%, respectivamente.
O setor bancário também sentiu o impacto, com ITAÚ UNIBANCO PN cedendo 1,8% e BRADESCO PN recuando 0,85%. Safra, melhorou a recomendação da ação do Bradesco para “outperform”. BANCO DO BRASIL ON e SANTANDER BRASIL UNIT também registraram quedas, de 0,84% e 1,38%, respectivamente.
A VALE ON apresentou uma variação negativa de apenas 0,12%, após a queda dos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China. A empresa anunciou que planeja eliminar o uso de água no processamento de minério de ferro nas minas de Carajás até 2027.
PETROBRAS PN e PETROBRAS ON também fecharam em baixa, com decréscimos de 0,51% e 0,59%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado internacional.
Na contramão, a RD SAÚDE ON valorizou-se 3,26%, engatando o terceiro pregão seguido no azul. Apesar disso, o preço de R$ 15,50 ainda está distante da cotação do início de maio, de R$ 19,45.
MINERVA ON avançou 1,48%, impulsionada por melhorias nas recomendações de analistas da XP e do Bank of America. No setor de proteínas, MARFRIG ON caiu 4,25% e BRF ON perdeu 3,57%. Em Nova York, a JBS fechou em alta de 0,43%.
Diante desse cenário, os investidores permanecem atentos aos desdobramentos políticos e econômicos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional, buscando informações para mitigar riscos e identificar oportunidades no mercado financeiro.
Via Forbes Brasil
