A taxa de desemprego Brasil 2025 apresentou uma queda notável, atingindo 6,2% no trimestre encerrado em maio. Este dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), surpreendeu o mercado financeiro, que havia previsto uma taxa de 6,4%. A redução reflete um cenário de aquecimento do mercado de trabalho e aumento no número de pessoas ocupadas.
Entre março e maio de 2025, o número de desocupados no Brasil ficou em torno de 6,8 milhões. Houve uma diminuição de 8,6% em relação ao trimestre anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), representando 644 mil pessoas a menos nessa condição. Comparado ao mesmo período de 2024 (março a maio), a queda foi ainda mais expressiva, com 955 mil pessoas saindo da situação de desocupação, um recuo de 12,3%.
O aumento no contingente de pessoas ocupadas foi um dos principais fatores para essa redução. William Kratochwill, analista da pesquisa, destacou que o mercado de trabalho está aquecido, o que leva à diminuição da mão de obra qualificada disponível e ao aumento de vagas formais. Este cenário contribui para a melhora nos indicadores de emprego no país.
A população ocupada alcançou a marca de 103,9 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio de 2025, representando um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, quando o total de ocupados era de 101,3 milhões, houve um acréscimo de 2,5 milhões de pessoas, demonstrando um crescimento consistente no mercado de trabalho.
O índice de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar, atingiu 58,5%. Houve um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, quando o índice era de 58,0%. Comparado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), o aumento foi de 1,0 ponto percentual, indicando uma melhora significativa na participação da população no mercado de trabalho.
Um dos destaques da Pnad Contínua é o recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, totalizando cerca de 39,8 milhões de pessoas. Esse resultado se mantém estável em relação ao trimestre anterior, mas representa um crescimento de 3,7% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, evidenciando a formalização do emprego.
Além disso, o número de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego, registrou o menor patamar desde 2016. A queda foi de 10,6% em relação ao trimestre encerrado em abril e de 13,1% em comparação com o mesmo período de 2024, mostrando que menos pessoas estão deixando de buscar oportunidades no mercado de trabalho.
Via Exame
