No Brasil, as empresas familiares representam 90% dos negócios e são responsáveis por aproximadamente 65% do PIB nacional, segundo dados do IBGE e do Sebrae. No entanto, apenas 30% dessas empresas sobrevivem à segunda geração, e menos de 15% chegam à terceira. A principal razão para isso não é a falta de conhecimento técnico, mas sim a ausência de um preparo estratégico na formação de sucessores.
Muitas vezes, filhos e netos assumem o negócio familiar por laços afetivos, sem a devida competência ou preparo. A falta de uma base técnica sólida pode levar a uma gestão reativa e a desentendimentos entre os sócios. Isso compromete o planejamento, impacta negativamente os resultados e, em alguns casos, pode levar à venda ou ao encerramento da empresa, mostrando que herança sem preparo não garante um legado duradouro.
A busca por programas de educação corporativa focados na formação de sucessores tem aumentado, com ênfase em áreas como governança, finanças, liderança, gestão estratégica e visão de negócios. O objetivo é desenvolver uma visão de longo prazo e uma consciência do papel do sucessor dentro do ciclo empresarial, indo além do simples treinamento para o cargo.
Profissionalizar a sucessão envolve definir papéis claros, respeitar processos e alinhar valores ao desempenho. Empresas que investem na formação de seus futuros líderes estão construindo pontes entre tradição e inovação, garantindo estrutura, visão e continuidade. O foco não é apenas manter o nome da família no contrato social, mas assegurar que a história construída por uma geração continue relevante para as próximas.
Investir na formação de sucessores não é apenas uma questão de perpetuar o negócio familiar, mas também de garantir que ele continue a prosperar e a contribuir para a economia. Ao preparar a próxima geração de líderes, as empresas familiares podem assegurar que seus valores e visão permaneçam vivos, construindo um legado que transcende gerações.
Via Startupi
