Após duas semanas de debates, a Conferência de Bonn, na Alemanha, chegou ao fim, reunindo 188 países com o propósito de moldar a agenda da COP30 em Belém, que ocorrerá em novembro. O encontro preparatório sinalizou os desafios que Belém enfrentará.
Karen Oliveira, da Coalizão Brasil, destacou que definir a pauta levou dois dias, refletindo a complexidade das negociações. A Coalizão Brasil reúne mais de 400 empresas, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e representantes do agronegócio brasileiros, todos focados em uma economia de baixo carbono, competitiva e inclusiva.
Um dos pontos críticos em Bonn foi o financiamento para a transição climática. Oliveira apontou que essa discussão permanece dividida entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, sem consenso sobre como alcançar os US$ 1,3 trilhão necessários. Este impasse tem persistido, com os países em desenvolvimento buscando recursos públicos em forma de doações, enquanto os países desenvolvidos propõem uma meta menor e convidam o setor privado e países emergentes a contribuir.
Outro tema relevante foi o fundo de adaptação às mudanças climáticas, além da agenda de justiça climática, que inclui a transição energética. A conferência também marcou a divulgação da quarta carta da presidência da COP30, que delineou uma agenda de ação para o encontro em Belém, com seis eixos principais e 30 ações planejadas.
André Corrêa do Lago, presidente da COP30, enfatizou o compromisso do Brasil em impulsionar a ação global contra as mudanças climáticas. O objetivo é engajar tanto os participantes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) quanto outros dispostos a agir. A Conferência de Bonn é parte das atividades da UNFCCC, cujo secretariado está sediado em Bonn, Alemanha.
Via InfoMoney