Os contratos futuros de soja na bolsa de Chicago apresentaram um desempenho misto nesta segunda-feira (30), com os contratos de vencimento mais próximo sofrendo pressão. Essa dinâmica ocorreu após a divulgação dos dados trimestrais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que indicaram estoques de soja maiores do que o previsto para o dia 1º de junho, conforme informaram os traders.
O contrato de soja com vencimento em agosto na CBOT registrou uma queda de 3,50 centavos, atingindo US$10,2975 por bushel. Em contrapartida, o contrato referente à nova safra, com vencimento em novembro, apresentou um aumento de 2,25 centavos, alcançando US$ 10,27 por bushel.
A pressão sobre os contratos futuros de soja de curto prazo ocorreu após o relatório do USDA, que apontou que os estoques de soja nos EUA, em 1º de junho, totalizavam 1,008 bilhão de bushels. Esse volume representa um aumento de 4% em relação ao ano anterior e superou a média das expectativas dos analistas, que era de 980 milhões de bushels.
Por outro lado, os contratos mais distantes, incluindo o contrato de referência de novembro, encontraram suporte após a divulgação de outro dado do USDA. Este informou que a área de plantio de soja nos EUA para 2025 foi de 83,4 milhões de acres, abaixo da previsão de março, que era de 83,5 milhões de acres, e 4% inferior ao ano passado.
Os analistas consultados pela Reuters estimavam, em média, que a área de plantio de soja seria de 83,655 milhões de acres. Essa diferença entre a estimativa e o número divulgado pelo USDA também influenciou o comportamento dos contratos futuros de soja.
Essa reação mista nos contratos futuros de soja reflete a complexidade do mercado, que é influenciado por diversos fatores, como dados de oferta e demanda, expectativas de produção e condições climáticas. Os dados do USDA, portanto, servem como um importante termômetro para os investidores e traders que atuam nesse mercado.
Os números divulgados pelo USDA evidenciam um cenário de oferta maior do que o esperado, o que pressionou os preços dos contratos de curto prazo. Ao mesmo tempo, a revisão para baixo da área de plantio de soja para 2025 trouxe algum alívio para os preços dos contratos mais longos, indicando uma possível restrição na oferta futura.
Via Money Times
