Uma pesquisa recente revela que a maioria dos brasileiros não sente necessidade de troca de smartphone a cada lançamento. Apenas 7% dos consumidores trocam seus aparelhos anualmente, enquanto a maioria espera de dois a três anos para adquirir um novo dispositivo. Este comportamento indica uma mudança na percepção sobre a necessidade de atualização constante, com muitos usuários priorizando a durabilidade e o desempenho de seus smartphones.
O estudo “O brasileiro e seu smartphone”, realizado pelo Mobile Time em parceria com a Opinion Box, entrevistou mais de 2 mil pessoas em todo o país. Os dados mostram que 30% dos brasileiros trocam de smartphone a cada três anos, 27% a cada dois anos, e 19% a cada quatro anos. Uma parcela significativa de 16% mantém o mesmo modelo por cinco anos ou mais.
Este cenário pode indicar que os smartphones já não são vistos como uma novidade que exige atualização constante. As fabricantes, por sua vez, têm respondido a essa tendência, prometendo maior tempo de vida útil para os aparelhos. Além da Apple, marcas como Samsung e Honor oferecem até sete anos de atualizações de sistema, visando prolongar a usabilidade dos dispositivos.
A pesquisa também revelou que 72% dos brasileiros já tiveram quatro ou mais celulares ao longo da vida. Embora metade dos entrevistados considere comprar um novo aparelho nos próximos 12 meses, 30% afirmam que não precisam de um novo smartphone, enquanto 11,2% ainda estão indecisos. Apenas 10,3% disseram que a falta de dinheiro é um impedimento para a compra.
Além disso, o estudo traça um retrato do uso de smartphones no Brasil. As classes D e E são as que mais trocam de aparelho anualmente (8%), mas também são as mais afetadas por furtos e roubos (38%). A maioria dos usuários (94%) utiliza algum tipo de capa protetora, e 30% estão com a tela do smartphone danificada. Quanto ao canal de compra, 51% dos brasileiros adquirem seus smartphones pela internet, enquanto 44% preferem lojas físicas.
Os smartphones se consolidaram como ferramentas multifuncionais no dia a dia dos brasileiros. A função mais utilizada é a câmera fotográfica (81%), seguida por alarme (74%), calculadora (71%) e relógio (69%). As carteiras digitais também ganham espaço, com metade dos usuários utilizando o celular para pagamentos por aproximação e 47% para carregar documentos de identidade.
Curiosamente, a inteligência artificial (IA) ainda não é um fator determinante na decisão de troca de smartphone. Apenas 3% dos entrevistados consideram a IA como prioridade na escolha de um novo aparelho. Para a maioria, o mais importante é a capacidade de processamento (31%), seguida pela memória (25%), qualidade da câmera (16%), duração da bateria (15%) e conexão 5G (5%).
Via Tecnoblog
