No Brasil, um jovem empreendedor, Eduardo Costa, encontrou uma oportunidade de inovação ao transformar o setor de *eletropostos*. Há mais de 20 anos, ele já tinha iniciado sua trajetória ao convencer grandes marcas a investirem na reforma de lojas de conveniência em troca de visibilidade. Hoje, à frente do Grupo Farroupilha, Costa lançou a Esquina do Futuro, primeira rede estrutural de eletropostos no Brasil.
Com um plano ambicioso, a Esquina do Futuro pretende expandir de 32 postos existentes para mais de 50 unidades até 2025. Sua proposta integra recarga ultrarrápida, conveniência total e operações autônomas. Recentemente, a rede começou a operar em Porto Alegre e se prepara para expandir para cidades vizinhas, como Novo Hamburgo e Maringá (PR). O próximo destino será São Paulo, onde Costa acredita que sua abordagem é única no mercado.
Esse projeto surge em um momento crucial da mobilidade elétrica no Brasil. Em 2024, o país vendeu mais de 150.000 veículos eletrificados, preparando-se para um salto esperado para 330.000 em 2025. No entanto, atualmente, existe uma dificuldade: menos de 3.000 dos mais de 12.000 pontos de recarga são realmente rápidos, com muitos levando de 6 a 12 horas para completar o carregamento. Isso representa um desafio significativo para motoristas que buscam Agilidade.
A proposta da Esquina do Futuro contrasta com outras iniciativas de mercado, que frequentemente priorizam a quantidade em detrimento da qualidade. Ao focar em pontos de recarga com atendimento ativo e uma infraestrutura adequada, Costa deseja proporcionar uma experiência positiva aos usuários, evitando situações onde os motoristas ficam à mercê de carregadores lentos em lugares inapropriados.
Para garantir eficiência, todos os pontos da Esquina do Futuro devem seguir critérios rigorosos: segurança, conveniência e estrutura operacional. Costa afirma que cada unidade completa pode custar até 10 milhões de reais, mas o impacto financeiro já é observado. Porém, ele reconhece que a concorrência aumentará, o que exigirá uma operação muito bem estruturada para se destacar.
O crescimento dos eletropostos no Brasil tem sido considerável, mas ainda enfrenta desafios a serem superados. A falta de regulamentações nacionais claras e altos custos de instalação são algumas das barreiras que afetam o setor. Eduardo Costa enfatiza que a segurança é uma prioridade, e investe em medidas para evitar riscos, principalmente em unidades que ainda carecem de supervisão adequada.
Por último, a Esquina do Futuro se destaca não apenas como um negócio, mas como uma resposta aos novos tempos de mobilidade elétrica, contribuindo para um futuro mais sustentável e eficiente na infraestrutura de recarga. A necessidade de garantir uma boa experiência para os usuários de veículos elétricos é clara, e a visão de Costa pode reformular a maneira como o Brasil lida com a mobilidade elétrica.
Via Exame