Engenheiro de Silício: O Mistério dos Múltiplos Empregos

Uma investigação sobre o engenheiro que teve vários empregos e intrigou o Vale do Silício.
06/07/2025 às 07:24 | Atualizado há 2 meses
Engenheiro de startups múltiplas
Um engenheiro enigmático que desafiou o Vale do Silício com sua trajetória. (Imagem/Reprodução: Exame)

No Vale do Silício, a história de Soham Parekh, um engenheiro de software, tem provocado debates acalorados. Sua prática de trabalhar simultaneamente em diversas startups, sem o conhecimento das empresas, revelou uma questão complexa que a indústria de tecnologia tenta entender. A situação expõe as tensões entre a busca por otimização de carreira e as expectativas de lealdade no ambiente de trabalho.

A revelação da conduta de Parekh veio à tona por meio de uma publicação de Suhail Doshi, CEO da Playground AI, no X (antigo Twitter). Doshi alertou que Parekh havia trabalhado em várias startups, inclusive algumas aceleradas pelo Y Combinator, sem informar seus empregadores. A denúncia viralizou, com outros empresários compartilhando experiências similares. Outros fundadores confirmaram que contrataram Parekh, mas o demitiram ao descobrir seus múltiplos empregos.

Questionado sobre sua prática, Parekh admitiu que começou em 2022, justificando que seu objetivo era otimizar a carreira ao máximo, aprendendo e aprimorando suas habilidades. Ele alegou que trabalhar em diferentes empresas aceleraria seu crescimento como programador. Em entrevista ao Technology Business Programming Network (TBPN), Parekh disse que enfrentava dificuldades financeiras, o que o levou a buscar múltiplos empregos para se manter.

Os relatos sobre a jornada de um Engenheiro de startups múltiplas e sua gestão do tempo são questionáveis, já que ele afirma trabalhar até 140 horas por semana, uma carga horária considerada impossível por especialistas. A escassez de profissionais qualificados e a pressão por resultados rápidos no Vale do Silício contribuem para o surgimento de práticas como o moonlighting (trabalhar em vários empregos ao mesmo tempo).

Após a repercussão do caso, Parekh anunciou sua entrada na Darwin Studios, uma startup de remixagem de vídeos com IA, mas o anúncio foi rapidamente apagado, gerando ainda mais especulações. A atitude levanta questões sobre a ética no trabalho e a transparência nas relações profissionais, especialmente no competitivo mercado de tecnologia.

A história de Soham Parekh lança luz sobre as complexidades do mercado de trabalho no Vale do Silício, onde a busca por inovação e crescimento rápido pode levar a práticas controversas. Resta saber como a indústria de tecnologia irá lidar com esse fenômeno e quais medidas serão tomadas para garantir a ética e a transparência nas relações de trabalho.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.