Impactos da Guerra Comercial de Trump na Economia Global

Descubra a linha do tempo da guerra comercial de Trump e suas consequências para a economia global.
08/07/2025 às 06:02 | Atualizado há 3 dias
Tarifas de Donald Trump
Tarifas de Trump surpreendem mercados financeiros desde o início do seu mandato. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Desde sua posse em 20 de janeiro, as Tarifas de Donald Trump implementadas pelo então presidente dos Estados Unidos geraram grande impacto nos mercados financeiros. As medidas adotadas trouxeram um cenário de incerteza para a economia global, com diversas ações que afetaram o comércio internacional e as relações bilaterais entre os EUA e outros países.

Em fevereiro, Trump estabeleceu tarifas de 25% sobre as importações de produtos do México e do Canadá, e de 10% sobre os bens provenientes da China. Essa decisão tinha como objetivo pressionar esses países a reduzirem o fluxo de fentanil e de imigrantes ilegais para os Estados Unidos.

No entanto, logo em seguida, o presidente suspendeu a ameaça de tarifas sobre o México e o Canadá, aceitando uma pausa de 30 dias em troca de concessões nas áreas de segurança de fronteira e combate ao crime.

Ainda em fevereiro, Trump adiou a aplicação de tarifas sobre pacotes de baixo valor vindos da China, até que o Departamento de Comércio comprovasse a existência de sistemas adequados para processá-los e cobrar as tarifas. Além disso, elevou as tarifas sobre aço e alumínio para uma taxa fixa de 25%, sem exceções.

Em março, Trump declarou que as tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá entrariam em vigor no dia 4, e dobrou as tarifas relacionadas ao fentanil sobre todas as importações chinesas, elevando-as para 20%. Contudo, concordou em adiar por um mês as tarifas sobre alguns veículos fabricados no Canadá e no México, após conversas com os CEOs da General Motors, Ford e Stellantis.

No final de março, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre carros e caminhonetes importados, expandindo ainda mais o alcance das medidas tarifárias.

Abril também foi um mês de intensa movimentação. Trump anunciou tarifas globais com uma taxa básica de 10% sobre todas as importações, com tarifas significativamente mais altas sobre os principais parceiros comerciais dos EUA.

Após uma turbulência nos mercados financeiros, o presidente suspendeu por 90 dias a maioria das tarifas específicas por país que haviam entrado em vigor menos de 24 horas antes, mas manteve a tarifa geral de 10% sobre quase todas as importações dos EUA.

O governo dos EUA concedeu isenções de tarifas pesadas para smartphones, computadores e outros eletrônicos importados principalmente da China. Além disso, lançou investigações de segurança nacional sobre importações de produtos farmacêuticos e semicondutores, como parte de uma estratégia para impor tarifas a esses setores.

Em maio, Trump impôs uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos fora dos EUA. Pouco depois, os EUA e a China concordaram em reduzir temporariamente tarifas recíprocas. Durante uma trégua de 90 dias, os EUA reduziram tarifas adicionais sobre importações chinesas para 30%, enquanto as tarifas da China sobre importações americanas foram reduzidas para 10%.

Os EUA reduziram a tarifa de minimis para remessas da China, cortando tarifas sobre itens de até US$ 800 de 120% para 54%. Trump também anunciou uma recomendação de tarifa direta de 50% sobre produtos da União Europeia a partir de 1º de junho, mas recuou na ameaça, estendendo o prazo para negociações até 9 de julho.

Um tribunal comercial dos EUA bloqueou a entrada em vigor das tarifas de Trump, determinando que o presidente excedeu sua autoridade ao impor tarifas generalizadas sobre importações de parceiros comerciais dos EUA. No entanto, um tribunal federal de apelações restabeleceu temporariamente as tarifas mais amplas de Trump, suspendendo a decisão da instância inferior para analisar o recurso do governo.

Em junho, Trump assinou uma proclamação executiva aumentando tarifas sobre aço e alumínio importados de 25% para 50%. Além disso, advertiu que poderia em breve aumentar tarifas sobre automóveis, argumentando que isso poderia pressionar montadoras a acelerar investimentos nos EUA.

Em julho, Trump afirmou que os EUA imporiam uma tarifa de 20% sobre muitas exportações do Vietnã, com reenvios de terceiros via Vietnã enfrentando uma tarifa de 40%. Ele também afirmou que países alinhados a “políticas antiamericanas” do Brics seriam cobrados com uma tarifa adicional de 10%.

Trump anunciou que as tarifas adicionais anunciadas nos meses anteriores entrariam em vigor com atraso, no dia 1º de agosto, à medida que os EUA se aproximavam da conclusão de vários acordos comerciais. Em cartas enviadas a 14 países, incluindo Japão, Coreia do Sul e Sérvia, Trump afirmou que introduziria tarifas entre 25% e 40% a partir de 1º de agosto.

Essas medidas, tomadas ao longo de vários meses, ilustram a estratégia agressiva de Tarifas de Donald Trump no cenário do comércio global, visando renegociar acordos e proteger a economia dos EUA. O impacto dessas decisões continua a ser analisado e debatido, com implicações significativas para empresas, consumidores e governos em todo o mundo.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.