A construtora Tenda Minha Casa Minha Vida (TEND3), conhecida por sua forte atuação no programa Minha Casa Minha Vida, divulgou suas prévias operacionais do segundo trimestre de 2025. A empresa registrou um aumento interessante no valor potencial de vendas, sinalizando um crescimento notável em suas operações. No entanto, o preço médio por unidade apresentou uma leve retração em relação ao mesmo período de 2024.
A Tenda manteve um ritmo constante de lançamentos, apresentando nove novos empreendimentos entre abril e junho. O destaque fica para o Valor Geral de Vendas (VGV), que superou a marca de R$ 1 bilhão, representando um aumento de 31% em comparação com o ano anterior. Este crescimento demonstra a capacidade da empresa em expandir seu portfólio e atrair investimentos.
O número de unidades lançadas também aumentou, passando de 3,6 mil no segundo trimestre de 2024 para mais de 5 mil no mesmo período de 2025. Essa expansão, no entanto, resultou em uma pequena diminuição no valor médio por imóvel, que passou de R$ 226,5 mil para R$ 217 mil. A estratégia da construtora parece ser focar em um maior volume de vendas, mesmo que isso signifique uma leve redução no preço unitário.
A Alea, unidade de imóveis pré-fabricados da Tenda, realizou apenas um lançamento no segundo trimestre, com um VGV de R$ 21 milhões. Em comparação, no mesmo período de 2024, a Alea lançou cinco empreendimentos, e nos três primeiros meses deste ano, foram três novos projetos. Essa desaceleração pode indicar uma mudança na estratégia da empresa em relação a imóveis pré-fabricados.
As vendas líquidas da Tenda apresentaram um avanço de 21% em um ano, totalizando R$ 1,3 bilhão. Entretanto, o aumento no volume de distratos, que cresceu quase 60%, impactou negativamente os resultados. Os distratos somaram R$ 171 milhões, influenciados por “cheques atrasados” do Rio Grande do Sul e do Ceará. A empresa precisará monitorar de perto esse aumento para evitar maiores prejuízos.
No que se refere ao banco de terrenos, a Tenda encerrou o primeiro semestre de 2025 com um estoque de R$ 26,1 bilhões em VGV, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. A construtora possui 708 terrenos, um aumento de 55% em relação a 2024, demonstrando a solidez e o planejamento da empresa para os próximos anos. A Alea se destacou, aumentando em quase quatro vezes o número de terrenos em um ano, para 182, com um VGV de R$ 5,6 bilhões, representando um crescimento de 34%.
Via Money Times