As Tarifas de Donald Trump continuam a gerar repercussão no cenário global, com a União Europeia (UE) sendo o mais recente alvo das políticas comerciais do ex-presidente dos Estados Unidos. A expectativa é que novas taxas para o bloco europeu sejam anunciadas, intensificando as preocupações sobre uma possível escalada na já tensa guerra comercial.
Em entrevista à NBC News, Donald Trump sinalizou que parceiros comerciais que ainda não receberam notificações de tarifas, incluindo os países da UE, podem enfrentar alíquotas generalizadas. Essa declaração aumentou o receio nos mercados sobre uma possível escalada da disputa comercial entre a UE e os Estados Unidos, reacendendo memórias do que ocorreu com a China em abril.
O Parlamento Europeu avalia que a decisão de não retaliar as primeiras tarifas anunciadas anteriormente limitou a capacidade da Comissão Europeia de negociar reduções nas taxas. Além disso, as negociações com os EUA foram consideradas mais complexas e demoradas em comparação com o Reino Unido, que já firmou um acordo com os norte-americanos.
No panorama internacional, os mercados permanecem atentos a diversos indicadores econômicos provenientes do Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos. As bolsas asiáticas apresentaram resultados mistos, enquanto os mercados europeus e os índices futuros de Wall Street operam em território negativo.
O preço do petróleo tem demonstrado leve alta, mantendo-se próximo dos US$ 70 por barril. O mercado avalia possíveis sanções dos EUA ao petróleo russo e uma eventual pausa no aumento da produção por parte da OPEP+.
As criptomoedas exibem um desempenho positivo, impulsionadas pelas discussões sobre políticas monetárias e tarifárias nos EUA. O bitcoin opera em torno de US$ 118 mil, com alta de 6%, enquanto o ethereum avança 8%, sendo negociado a US$ 3.000.
No Brasil, a tarifa de 50%, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto, continua sendo um tema central. O mercado recebeu de forma positiva a reação do governo brasileiro em relação à medida de Donald Trump. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com seus ministros e confirmou que a Lei de Reciprocidade será utilizada somente se as negociações não avançarem nas próximas semanas.
No último pregão, o Ibovespa encerrou com queda de 0,54%, aos 136.743,26 pontos, enquanto o dólar à vista fechou a R$ 5,5452, com alta de 0,78%. O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal fundo de índice brasileiro em Nova York, registrou queda de 0,18% no pré-market, cotado a US$ 27,67.
A agenda do dia inclui a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços e da Pesquisa Industrial Mensal Regional no Brasil. O presidente Lula participa de uma cerimônia sobre o Novo Acordo Rio Doce no Espírito Santo. Gabriel Galípolo, do Banco Central, tem audiências agendadas com representantes do Banco do Brasil e da ANAFE.
As bolsas asiáticas apresentaram os seguintes resultados: Tóquio/Nikkei (-0,30%), Hong Kong/Hang Seng (+0,46%) e China/Xangai (+0,01%). Nos mercados europeus, Londres/FTSE100 (-0,58%), Frankfurt/DAX (-1,12%) e Paris/CAC 40 (-1,05%). Em Wall Street, os futuros do Nasdaq (-0,62%), S&P 500 (-0,67%) e Dow Jones (-0,70%) operam em baixa.
Quanto às commodities, o petróleo Brent sobe 0,36%, a US$ 68,89 o barril, e o petróleo WTI avança 0,44%, a US$ 66,86 o barril. O minério de ferro teve alta de 3,67%, cotado a US$ 106,41 a tonelada em Dalian. No mercado de criptomoedas, o bitcoin está cotado a US$ 118.569 (+6,7%), e o ethereum a US$ 3.027,48 (+8,6%).
Esses indicadores refletem um cenário global de incertezas e tensões comerciais, com impacto direto nos mercados financeiros e na economia brasileira. Acompanhe as atualizações do mercado para mais informações.
Via Money Times