Segundo dia do Carnaval de Vitória: luxo, chuva e muita agitação nos desfiles

Carnaval de Vitória 2025: luxo, chuva e muita emoção nos desfiles! Veja como foi o segundo dia de festa e os destaques das escolas de samba. Saiba mais!
24/02/2025 às 13:17 | Atualizado há 3 meses
Carnaval de Vitória
Carnaval de Vitória

O Carnaval de Vitória 2025 teve seu segundo dia marcado por luxo, chuva e até uma confusão envolvendo o prefeito Lorenzo Pazolini. Apesar dos imprevistos, o brilho das escolas de samba do Grupo Especial não foi ofuscado. O desfile aconteceu no Sambão do Povo, com fantasias luxuosas e carros alegóricos imponentes. A chuva, que caiu em vários momentos da noite de sábado e madrugada de domingo, não impediu o espetáculo.

A Unidos de Jucutuquara abriu os desfiles do Grupo Especial, com a tradição que a acompanha desde 1972. A escola, que não conquista um título há 15 anos, apresentou o enredo “Pulsar da Vida”. Com 1.600 componentes, 25 alas, três carros alegóricos e outros elementos, a escola mostrou seu desejo de voltar a vencer. A Jucutuquara usou as cores verde, vermelho e branco para narrar a história da humanidade e suas emoções, conectando passado e presente. A comissão de frente, com 15 integrantes, e a bateria, com 155 ritmistas, representaram a energia vital no Sambão do Povo.

A Chegou O Que Faltava trouxe o enredo “Da lama sai muito barulho”, celebrando o manguezal, as tradições e a cultura de Goiabeiras, bairro que completa 50 anos. Com as cores rosa, branco e azul, a escola homenageou Nanã, orixá ligado à lama e ao barro, símbolos da origem da vida. Três carros alegóricos, um tripé, 19 alas e 1.500 componentes destacaram o ecossistema do mangue e a tradição das paneleiras.

A Unidos da Piedade, em seu 70º aniversário, desfilou com o enredo “Ibeji”. A escola celebrou a vida das crianças e o renascimento da comunidade, com ênfase na presença de mulheres e crianças em sua história. A escola homenageou Cosme e Damião e exaltou Ibeji, orixá da vida. Cores vibrantes e alegorias representaram a força e esperança da comunidade.

A Mocidade Unida da Glória (MUG) apresentou “O Guerreiro da Capa Encarnada – Jorge do Povo Brasileiro”. Buscando o tricampeonato, a MUG homenageou São Jorge, padroeiro e símbolo de fé. O desfile mostrou a devoção com bailados e uma comissão de frente de guerreiros celestiais. Três carros alegóricos simbolizaram um altar a São Jorge, sua influência na cultura afro-brasileira e um cortejo grandioso.

O Novo Império resgatou a memória capixaba e a história de Vitória, com referências à Curva do Saldanha e à cultura dos anos 1930 a 1950. Nas cores azul, rosa e branco, o desfile reviveu o passado. A escola explorou a dualidade social entre a alta sociedade e a Volta de Caratoíra. No segmento “Encanto”, celebrou a Belle Époque capixaba com influências da art nouveau.

A Independente de Boa Vista homenageou o fotógrafo Sebastião Salgado com o enredo “Os Olhos do Mundo – Assombros de Sebastião Salgado”. Com 1.500 componentes, a escola mostrou a capacidade de ver o mundo sob nova perspectiva. Depoimentos de integrantes destacaram a paixão e o talento da comunidade.

A Imperatriz do Forte, campeã do grupo de acesso em 2024, voltou ao grupo especial com o enredo “Só quem sabe onde é Luanda, saberá lhe dar valor”. O desfile celebrou os saberes africanos que cruzaram o Atlântico, preservados em senzalas e quilombos. Com três carros alegóricos, 20 alas e 1.200 componentes, a escola uniu afrofuturismo e tradição.

O Carnaval de Vitória de 2025 demonstrou a riqueza cultural e a força das escolas de samba capixabas, que, apesar dos desafios, entregaram espetáculos memoráveis. A festa continua a ser um importante evento cultural no Espírito Santo, reunindo moradores e turistas em torno da paixão pelo samba.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.