A trajetória de Danny Meyer, de renomado restaurateur em Manhattan a bilionário do setor de fast food, é notável. A história do Shake Shack, que começou como um carrinho de cachorro-quente para revitalizar um parque, transformou-se em uma rede global com 585 unidades e receita de US$ 1,3 bilhão. Esse sucesso impulsionou Meyer ao seleto grupo de bilionários da indústria alimentícia.
A ascensão de Meyer no mundo da gastronomia iniciou-se em 1985, com a abertura do Union Square Cafe. Seguiram-se outros restaurantes de sucesso, como o Gramercy Tavern e o Eleven Madison Park, que solidificaram sua reputação. Contudo, foi a iniciativa de um carrinho de cachorro-quente, em 2001, que pavimentou o caminho para a criação do Shake Shack.
O patrimônio de Meyer é estimado em US$ 1 bilhão, impulsionado pela valorização das ações do Shake Shack. A rede, que possui cerca de 3,5 milhões de ações, tem visto seus papéis negociarem próximos às máximas históricas, com um aumento de 73% no último ano. Além de sua participação no Shake Shack, Meyer mantém o Union Square Hospitality Group e um portfólio diversificado de investimentos.
A história do Shake Shack demonstra uma trajetória incomum. Meyer trilhou um caminho semelhante ao de Steve Ells, fundador do Chipotle, começando na alta gastronomia antes de se aventurar no mundo do fast food. Sua experiência e visão permitiram que ele criasse uma rede com características distintas.
A inspiração para ingressar no ramo de restaurantes veio de seu tio Elio. Em 1985, aos 27 anos, Meyer inaugurou o Union Square Cafe, combinando alta gastronomia com hospitalidade. Apesar do sucesso, Meyer optou por não replicar o modelo em outros locais, expandindo seu portfólio com restaurantes diversos.
No início dos anos 2000, Meyer já possuía seis restaurantes renomados em Nova York. A ideia de abrir um carrinho de cachorro-quente no Madison Square Park surgiu de um pedido da cidade para revitalizar o local. O carrinho, que destinava parte dos lucros ao parque, tornou-se um sucesso imediato.
A transformação do carrinho em um quiosque permanente, batizado de Shake Shack, levou três anos. A expansão continuou com a abertura de uma segunda unidade, e logo a rede se tornou um fenômeno em Nova York. Em 2015, o Shake Shack abriu seu capital na Bolsa de Valores de Nova York, com 66 unidades em diversas cidades.
Atualmente, o Shake Shack opera 380 lojas nos Estados Unidos e 210 unidades internacionais franqueadas, presentes em mais de 15 países. No ano passado, a rede faturou US$ 1,3 bilhão, um aumento de 15% em relação a 2023. A meta é expandir para 1.500 lojas próprias no longo prazo, inclusive explorando o mercado brasileiro.
Meyer, que já deteve mais de 20% da empresa, reduziu sua participação para cerca de 4%. O Shake Shack se posicionou como uma rede “fine-casual”, com hambúrgueres mais sofisticados do que os da concorrência. Além disso, Meyer investiu em um portfólio diversificado de negócios de hospitalidade.
A história do Shake Shack é uma jornada de sucesso. Em 2022, Meyer deixou o cargo de CEO para se tornar presidente executivo do Union Square Hospitality Group, mantendo-se como presidente do conselho do Shake Shack desde 2010. Sua trajetória, que começou em trattorias e bistrôs, demonstra a paixão por criar um sentimento de pertencimento nos clientes.
A história do Shake Shack demonstra que nunca foi o sonho de Meyer ter mais de uma unidade. No entanto, sua visão e determinação transformaram um simples carrinho de cachorro-quente em uma rede global bilionária.
Via Forbes Brasil