A aguardada sequência, Death Stranding 2: On the Beach, expande o universo do jogo original, mantendo seu tom contemplativo. No entanto, a questão crucial que surge é: quão acessível é Acessibilidade de Death Stranding 2 para jogadores com deficiência? Uma análise focada na experiência de um jogador com baixa visão revela as barreiras e limitações que impedem uma imersão completa no jogo.
A experiência em Death Stranding 2 mantém a introspecção narrativa, explorando conexões em um mundo em reconstrução. O jogo apresenta uma movimentação mais ágil e desafios mais acessíveis. Contudo, a ausência de um menu de acessibilidade logo no início já indica as limitações que os jogadores encontrarão.
A interface do usuário (UI), tanto nos menus quanto durante o gameplay, é um ponto crítico. Textos pequenos e com baixo contraste dificultam a navegação. A falta de opções para ajustar o tamanho da fonte ou o fundo dos menus agrava a situação. No gameplay, a impossibilidade de redimensionar ícones ou adaptar a HUD limita a experiência.
As legendas também carecem de personalização. A ausência de opções como ajuste de tamanho, fundo opaco ou destaques para palavras-chave prejudica jogadores com dislexia, surdez ou baixa visão. A falta de filtros para daltônicos é outra ausência notável, tornando a interface de Death Stranding 2 uma das piores em termos de acessibilidade nos últimos anos.
O jogo oferece quatro níveis de dificuldade que podem ser alterados a qualquer momento. No entanto, esses modos são genéricos e não oferecem ajustes específicos para combate, exploração ou quebra-cabeças, o que limita a adaptação da experiência para diferentes necessidades.
O gameplay de Death Stranding 2 mantém a essência do original, com foco na entrega de cargas em um mundo aberto. Apesar disso, a acessibilidade de Death Stranding 2 é mínima. A falta de avanços em relação ao título anterior é um retrocesso.
As opções de controle são a área com algum esforço em acessibilidade. É possível customizar os controles com opções como ativar ou desativar sensores de movimento, alternar entre pressionar ou apertar botões e ajustar a zona morta dos analógicos. A ausência da opção de remapear os botões diretamente no jogo, função que o próprio PS5 oferece, é uma limitação.
Embora visualmente impressionante e com uma narrativa profunda, Death Stranding 2: On the Beach apresenta barreiras significativas para jogadores que precisam de recursos de acessibilidade. A falta de cuidado com a acessibilidade, especialmente em interface, gameplay e legendas, torna a experiência excludente para muitos.
O preço elevado dos jogos para PlayStation exige que os jogadores sejam mais exigentes. Para aqueles que necessitam de recursos de acessibilidade, investir em um jogo que não se preocupa com sua experiência pode não valer a pena.
Via TecMundo