O **WhatsApp** se consolidou como ferramenta essencial para empresas de todos os portes, impulsionado por seus mais de 147 milhões de usuários. A pandemia acelerou essa adoção, com muitas empresas descobrindo a plataforma como um canal de atendimento e vendas direto e acessível. Agora, a **GenAI** (Inteligência Artificial Generativa) surge como um complemento, prometendo escalar o atendimento sem perder a qualidade conversacional, o que atrai cada vez mais _startups_ _WhatsApp-first_.
O Brasil, um dos maiores usuários do WhatsApp no mundo, se destaca no desenvolvimento de soluções para este ecossistema. Mas, quais são os pontos a serem considerados ao optar por construir soluções diretamente no WhatsApp, em vez de criar uma plataforma proprietária? Será que o foco deve ser apenas a capacidade de manter conversas de alta qualidade?
Cada usuário interage de forma única com o WhatsApp. Alguns preferem áudios, outros GIFs, e muitos respondem apenas à primeira mensagem. Há quem use o aplicativo para fins pessoais, profissionais ou como lista de tarefas. Entender o comportamento do seu cliente na plataforma é crucial para uma comunicação eficaz. Adaptar o formato da mensagem ao uso do cliente pode fazer toda a diferença.
O conceito de _uncanny valley_ se aplica aos _chatbots_. Quando um robô tenta simular um humano sem sucesso, pode gerar desconfiança. A transparência é a chave: assuma que a comunicação é feita por uma marca através de atendimento automatizado, criando um personagem robótico com personalidade, em vez de uma imitação falha de um humano.
A **_brand intimacy_** é fundamental para **_startups_ WhatsApp-first**. Marcas que constroem relacionamentos fortes com seus clientes aparecem com intenção e sem interromper o fluxo de valor. No WhatsApp, um espaço íntimo, o cuidado com a frequência e o tipo de interação deve ser redobrado. Menos pode ser mais, e criar experiências negativas pode ser mais fácil do que parece.
No “mercado da atenção”, todos competem pelo foco do cliente. O WhatsApp se torna um _marketplace_ onde cada conversa disputa a atenção do usuário. O desafio é ser priorizado, fazendo com que o cliente deseje manter seu contato visível e acessível.
Apesar de não operar em uma plataforma própria, medir o desempenho no WhatsApp exige novas abordagens. A volatilidade dos números de telefone e as respostas automáticas dificultam o engajamento. Monitorar constantemente e mapear onde o usuário “sai do fluxo” esperado requer trabalho intenso com semântica e estrutura de diálogo.
Ser uma empresa **Startup WhatsApp-first** vai além de integrar a **GenAI**. É entender que o jogo mudou: competir por atenção exige intimidade, respeito ao contexto do usuário e domínio da plataforma. Escolher o WhatsApp como pilar estratégico é uma decisão de marca que exige clareza sobre o que se quer construir e o quanto se está disposto a abrir mão.
Em um ambiente onde a comunicação digital se torna cada vez mais essencial, a capacidade de entender e se adaptar ao comportamento dos usuários no **WhatsApp** pode ser o diferencial para o sucesso de uma _startup_. A combinação de inteligência artificial e estratégias focadas no cliente promete revolucionar a forma como as empresas interagem e constroem relacionamentos duradouros.
Via Startupi
