A Conferência Mundial de IA na China, realizada em Xangai, apresentou uma variedade de robôs humanoides, demonstrando desde habilidades de luta até jogos estratégicos. O evento anual visa destacar o avanço chinês no campo da inteligência artificial, impulsionado pelo governo para se tornar líder global em tecnologia e regulamentação, competindo diretamente com os Estados Unidos.
O evento contou com a presença do premiê Li Qiang, que anunciou a criação de uma nova organização focada na cooperação e governança da IA. Ele enfatizou a importância de equilibrar os benefícios do desenvolvimento tecnológico com os riscos associados, segundo a agência de notícias France Presse (AFP). O governo chinês tem investido fortemente em robótica, com especialistas acreditando que a China já possui vantagens sobre os EUA nesse setor.
Mais de 800 empresas participaram do fórum, exibindo mais de 3.000 produtos. Entre os destaques, os robôs humanoides atraíram a atenção do público com suas habilidades surpreendentes. No estande da Unitree, o androide G1, com 130 centímetros de altura e bateria de duas horas, impressionou ao demonstrar chutes, giros e socos, mantendo o equilíbrio em um ringue de boxe.
Antes da conferência, a Unitree anunciou o lançamento do humanoide R1, com preço abaixo de US$ 6.000. Yolanda Xie, porta-voz da Unitree, explicou que o objetivo é aprimorar o controle de movimento dos robôs, visando sua utilização em serviços públicos, indústrias e tarefas perigosas em um futuro próximo. A empresa visualiza esses robôs integrados ao cotidiano, auxiliando no cuidado de idosos em um prazo de cinco a dez anos.
Além dos robôs físicos, a exposição apresentou “humanos digitais” em telas, interagindo com os visitantes. A Baidu anunciou uma nova geração de tecnologia para esses agentes de IA, que agora são capazes de pensar, tomar decisões e colaborar. Wu Chenxia, chefe do departamento da Baidu, informou que mais de dez mil empresas já utilizam essa tecnologia diariamente.
Questionado sobre o impacto nos empregos, Wu Chenxia argumentou que a IA deve ser utilizada como ferramenta para melhorar a qualidade do trabalho e economizar tempo, ainda necessitando da intervenção humana. Durante a WAIC, a Baidu também anunciou a obtenção de uma licença para operar robotaxis totalmente autônomos em Pudong, marcando a estreia do serviço no centro de Xangai.
Yang, da Transwarp, destacou que o desenvolvimento da IA na China se beneficia de uma base de dados robusta e uma ampla gama de cenários de aplicação. A Conferência Mundial de Inteligência Artificial continua a ser um palco importante para demonstrar o progresso e as ambições da China no cenário global da inteligência artificial e robótica.
Via g1