Doce de leite Guaxupé retorna ao mercado como o favorito dos brasileiros

Doce de leite Guaxupé: a volta do queridinho dos brasileiros! Descubra a história da sua retomada ao mercado e como saborear novamente essa tradição. Saiba mais!
24/02/2025 às 18:11 | Atualizado há 3 meses
Doce de leite Guaxupé
Doce de leite Guaxupé

A Guaxupé Alimentos, nome ligado à tradição do Doce de leite Guaxupé, está de volta ao mercado. Após décadas de inatividade, a empresa retoma suas atividades com foco em doces e laticínios, buscando reconquistar seu espaço no mercado regional. Júlio César Ferreira, sobrinho do fundador, lidera esse retorno.

Em 2022, Ferreira iniciou o processo de relançamento do doce de leite, mantendo a receita original. A produção, porém, é terceirizada. A distribuição é regionalizada, visando mercados de Minas Gerais e São Paulo. A estratégia inclui parcerias com pequenos mercados e redes médias.

A história da Guaxupé Alimentos começou em 1965, em Minas Gerais. Fundada por Luiz Paulo Ferraz, a empresa expandiu seu portfólio. Passou da manteiga para doces, compotas e conservas. Nos anos 80, tornou-se a terceira maior produtora de extrato de tomate do país.

Um acidente em 1984 marcou o início do declínio da Guaxupé. A morte da mãe e da irmã de Ferreira, além dos problemas de saúde do fundador, enfraqueceram a gestão. A empresa fechou nos anos 90. A marca, sem registro no INPI, foi adquirida pela Exportadora Guaxupé, do setor de café.

Ferreira, em 2022, recuperou os direitos de produção dos doces da marca. Sem recursos para uma fábrica própria, optou pela terceirização. Atualmente, o doce de leite, a goiabada e o queijo árabe chancliche são produzidos por um parceiro, seguindo a receita original.

Para diversificar, Ferreira criou a marca Natury, com água mineral, mel, cachaça e farinha de milho. Essa estratégia funciona como um plano B caso perca os direitos da marca Guaxupé. O doce de leite retornou em potes de vidro e plástico, inicialmente em supermercados regionais.

A Guaxupé já está presente em redes como Savegnago, Ikegami e Mineirão. Negociações com outros grupos, como Tonin, ABC e BH, estão em andamento. A entrada em grandes redes começa com água mineral, produto de maior giro. Depois, expande-se para os doces.

Em 2023, o primeiro trimestre de operação gerou R$ 200 mil em receita. Em 2024, com a expansão da distribuição e a venda de água, o faturamento alcançou R$ 1,3 milhão. A meta é ampliar a presença em supermercados e investir em marketing regional.

A empresa planeja usar influenciadores locais e TV regional. Para os próximos anos, estuda o lançamento de massas e temperos (marca Natury) e o fortalecimento da linha de doces Guaxupé. A aposta é no crescimento regional, explorando a memória afetiva do consumidor.

A Guaxupé Alimentos mira o nicho de marcas regionais fortes, com potencial de crescimento no mercado brasileiro. A empresa aposta na distribuição segmentada e no valor da tradição para se consolidar. A retomada da produção do Doce de leite Guaxupé demonstra a força das marcas regionais no setor alimentício.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.