A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 (2T25) começou a ganhar força, com investidores analisando os números da Telefônica Brasil (VIVT3), a operadora por trás da Vivo. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 1,34 bilhão entre abril e junho, representando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Além disso, o Ebitda da Telefônica Brasil atingiu R$ 5,93 bilhões, um aumento de 8,8% em comparação com o mesmo trimestre de 2024.
Apesar dos resultados positivos, a reação no Ibovespa foi inicialmente tímida e negativa. As ações da VIVT3 apresentaram uma leve queda de 0,10%, cotadas a R$ 30,51, em torno das 11h (horário de Brasília). Analistas do Goldman Sachs esperavam uma reação mais positiva, impulsionada pelo bom desempenho da receita de serviço móvel.
Diversos analistas avaliaram os resultados da Telefônica Brasil (VIVT3) no segundo trimestre de 2025. O Safra classificou o desempenho operacional da empresa como “tão bom quanto o esperado”. A XP destacou a resiliência da Vivo, enfatizando o crescimento de 7,5% na receita total em relação ao ano anterior.
Em relatório, os analistas Bernardo Guttmann e Luis Chagas da XP afirmaram que o forte desempenho nas receitas de serviços reforça a visão positiva sobre a Telefônica Brasil (VIVT3), sustentada por um portfólio de alta qualidade, um ecossistema digital em expansão e a capacidade de gerar fluxos de caixa estáveis e crescentes.
Os analistas da Ágora Investimentos/Bradesco BBI também notaram o desempenho robusto dos serviços móveis, com destaque para o segmento pós-pago. Daniel Federle e Ricardo França, analistas da Ágora, mencionaram que, embora o capex tenha superado as expectativas, isso não é motivo de preocupação, pois os investimentos tendem a ser voláteis a cada trimestre.
Além disso, os números do 2T25 da Telefônica Brasil (VIVT3) reforçaram as tendências positivas no setor de telecomunicações, com a empresa apresentando uma forte geração de caixa, segundo a Ágora. O Itaú BBA ressaltou que o ambiente competitivo tem favorecido o crescimento da Receita Média por Usuário (ARPU) acima da inflação, contribuindo para a alavancagem operacional.
O BTG Pactual reiterou sua visão de que a ação da Telefônica Brasil (VIVT3) é uma opção sólida, especialmente para investidores que buscam papéis defensivos. Os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Tcha Chan destacaram que as empresas de telecomunicações oferecem modelos de negócios estáveis, forte posicionamento competitivo, robusta geração de fluxo de caixa e retornos significativos de caixa aos acionistas.
A Telefônica Brasil (VIVT3) está sendo negociada com um prêmio em relação às empresas globais de telecomunicações e à TIM Brasil (TIMS3), o que significa que está “mais cara”. Considerando a métrica P/L (preço/lucro), a VIVT3 é negociada a 17x P/L, enquanto o setor opera a 14x e a operadora italiana a 8,5x.
O rendimento de dividendos projetado para o final de 2026 é de aproximadamente 8,5%, um valor superior ao das empresas de telecomunicações dos EUA (4%), mas inferior ao da TIM (cerca de 10,5%). O BTG Pactual concluiu que, com um modelo estável, geração robusta de caixa e forte retorno ao acionista, a Vivo reforça sua posição como um nome defensivo entre as empresas de telecomunicações.
Diversas corretoras e bancos compartilharam suas recomendações para a ação da Telefônica Brasil (VIVT3). Ágora/Bradesco BBI, BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA, Safra e XP recomendam a compra da ação, com preços-alvo variando entre R$ 31,00 e R$ 37,00, representando um potencial de valorização de 1,51% a 21,15% em comparação com o preço de fechamento da última segunda-feira (28).
Via Money Times
