A empresa norueguesa Opera, conhecida por seu navegador, formalizou uma queixa contra a Microsoft junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta terça-feira. A alegação central é que a gigante americana estaria concedendo uma vantagem indevida ao seu navegador Edge, prejudicando a concorrência no mercado. A medida reacende a antiga disputa entre as duas companhias no setor de tecnologia.
A Opera já havia manifestado preocupações similares no passado. Em dezembro de 2007, a empresa apresentou uma reclamação à Comissão Europeia sobre a prática da Microsoft de vincular o navegador Internet Explorer ao sistema operacional Windows. O caso resultou em uma multa antitruste de 561 milhões de euros aplicada pela União Europeia à Microsoft.
Em julho do ano anterior, a Opera também contestou a decisão da Comissão Europeia de isentar o Edge da Lei dos Mercados Digitais. Esta lei busca regular as atividades das grandes empresas de tecnologia, estabelecendo uma lista de práticas permitidas e proibidas.
Na queixa apresentada ao Cade, a Opera argumenta que a pré-instalação do Edge como navegador padrão em dispositivos e computadores com Windows impede que outros navegadores concorram de forma justa, com base nos méritos de seus produtos.
Segundo a Opera, essa prática restringe as oportunidades de pré-instalação para navegadores concorrentes. Além disso, a empresa norueguesa alega que a Microsoft dificulta a capacidade dos usuários de baixar e utilizar navegadores alternativos.
A Opera, que se auto declara o terceiro navegador de PC mais popular no Brasil, também acusa a Microsoft de oferecer incentivos a grandes fabricantes de computadores para que pré-instalem exclusivamente o Edge em seus dispositivos com Windows.
A empresa norueguesa também aponta para o uso de táticas de design e padrões enganosos pela Microsoft. Segundo a Opera, essas práticas visam induzir os usuários de PC a evitarem navegadores rivais e a utilizarem o Edge em vez disso.
Diante dessas alegações, a Opera solicita ao Cade que investigue as práticas da Microsoft e determine as concessões necessárias para garantir uma concorrência justa no mercado de navegadores.
Via InfoMoney