O Resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025 apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões, um aumento de 3,5% em relação ao primeiro trimestre do mesmo ano e um crescimento de 28,6% se comparado ao segundo trimestre de 2024. A rentabilidade patrimonial (ROAE) alcançou 14,6% no trimestre, impulsionada pelo crescimento da receita, que atingiu R$ 34,0 bilhões, um aumento de 15,1% em relação ao ano anterior.
Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, destacou que a “tração comercial” da empresa permite avançar em várias áreas simultaneamente. Para o restante do ano, Noronha espera que as receitas continuem a impulsionar o aumento da rentabilidade, com a execução acelerada do plano de transformação. Ele enfatizou a importância da consistência e segurança, mantendo a cautela devido à desaceleração econômica, preservando a qualidade do crédito e buscando bons negócios.
A carteira de crédito do Bradesco cresceu 11,7% em 12 meses, atingindo R$ 1,018 trilhão, refletindo uma combinação de tração comercial e prudência na originação. Noronha atribuiu a melhora à revisão das políticas de crédito e à gestão de risco mais rigorosa. A inadimplência tem diminuído desde o quarto trimestre de 2024, resultado de uma abordagem seletiva na concessão de crédito.
O índice de atrasos superiores a 90 dias permaneceu estável em 4,1%. Houve uma redução de R$ 1,5 bilhão na carteira reestruturada, indicando que os impactos negativos no crédito já estavam sendo antecipados. As despesas se mantiveram sob controle, com um aumento de 4,9% nos gastos administrativos e com pessoal em relação ao ano anterior, um valor abaixo da inflação.
Analistas do Itaú BBA destacaram a evolução consistente do Bradesco, com ênfase no controle de despesas e na estabilidade da margem financeira, notando uma melhora na qualidade dos ativos e crescimento da rentabilidade. Já os analistas do BTG Pactual consideraram o Resultado do Bradesco levemente positivo, ressaltando o alívio nas provisões e a evolução na carteira, com a expectativa de crescimento em segmentos mais rentáveis devido à retomada do consumo.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, afirmou que o Resultado do Bradesco deve ser bem recebido pelo mercado, elevando a rentabilidade patrimonial para 14,6%, um avanço em relação aos 10,8% do ano anterior. A carteira de crédito cresceu com menor exposição ao risco, diminuindo a dependência de grandes clientes, o que contribui para a diversificação e redução do risco, evitando que a recuperação judicial de uma única empresa comprometa os resultados.
O Resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025 demonstra uma recuperação gradual e um foco em estratégias de crédito mais seguras, com potencial para agradar ao mercado e continuar a melhorar nos próximos trimestres. A análise dos especialistas aponta para um futuro promissor, desde que a execução das estratégias continue a ser prioridade.
Via Forbes Brasil
