Após a reunião do Copom, o Ibovespa fecha em queda de 0,89%, atingindo 132.798,25 pontos nesta quinta-feira (31). As ações da Ambev pressionaram o indicador, com recuo de 5,25% após a divulgação do balanço trimestral. Em contraste, a Embraer se destacou com alta de 5,78%, impulsionada pelo desfecho positivo relacionado às tarifas comerciais dos Estados Unidos.
O volume financeiro totalizou R$ 17,4 bilhões antes dos ajustes finais. O mercado também reagiu aos dados do IBGE, que apontaram a queda da taxa de desemprego para 5,8% no segundo trimestre, o menor nível desde 2012. A taxa estava em 6,9% no mesmo período do ano anterior, refletindo um mercado de trabalho aquecido.
A redução do desemprego, embora positiva, traz desafios para o controle da inflação. O Banco Central optou por manter a Selic em 15%, indicando a permanência nesse patamar por um período prolongado. Em Wall Street, os índices também fecharam em baixa, pressionados por balanços corporativos e indicadores econômicos recentes.
O S&P 500 teve uma queda de 0,37%, fechando em 6.339,31 pontos. O Nasdaq registrou variação negativa de 0,03%, atingindo 21.138,08 pontos. O Dow Jones também apresentou recuo, caindo 0,74% e fechando em 44.140,45 pontos.
No câmbio, o dólar fechou em alta frente ao real, cotado a R$ 5,60, com uma elevação de 0,21%. A moeda americana operou na faixa dos R$ 5,60, acompanhando o avanço em relação a outras divisas no exterior. Esse movimento ocorreu após a confirmação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, com algumas exceções.
A primeira metade do dia foi marcada pela disputa na formação da taxa Ptax de fim de mês, influenciando a volatilidade das cotações. A Ptax, calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, serve como referência para a liquidação de contratos futuros. Agentes financeiros buscam direcioná-la a níveis convenientes às suas posições no final de cada mês.
O mercado financeiro continua dinâmico e atento aos indicadores econômicos. A queda do Ibovespa fecha em queda reflete uma combinação de fatores internos e externos, incluindo balanços corporativos e decisões de política monetária. Investidores e analistas seguem monitorando de perto os próximos desdobramentos para ajustar suas estratégias.
Via Forbes Brasil