Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, declarou que bancos, como JPMorgan e Bank of America, discriminam seus apoiadores. Suas alegações surgiram em um momento em que as ações dessas instituições caíram mais de 1%. O mercado reagiu às preocupações levantadas por Trump sobre possíveis práticas discriminatórias por parte dos bancos.
Em entrevista, Trump planificou ações contra práticas que ele considera discriminatórias. Ele mencionou que regulamentações futuras poderiam investigar a desbancarização de conservadores. As declarações de Trump refletem seu descontentamento com a forma como bancos tratam seus clientes, especialmente em tempos políticos conturbados.
Além disso, a polêmica levanta questões sobre a conexão entre política e setor financeiro. Bancos sob pressão política podem enfrentar escrutínio maior, o que pode impactar suas operações. A discussão sobre discriminação e gestão bancária continua relevante, especialmente no atual clima político.
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Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, declarou acreditar que Bancos discriminam Trump e seus apoiadores. Ele mencionou especificamente o Bank of America e o JPMorgan, alegando que ambas as instituições se recusaram a aceitar seus depósitos no passado. As declarações de Trump geraram reações no mercado financeiro, com as ações do JPMorgan e do Bank of America registrando uma queda de mais de 1%, em linha com o declínio do índice S&P Bank.
Em entrevista à CNBC, o ex-presidente republicano afirmou: “Eles discriminam totalmente, eu acho, eu talvez até mais, mas eles discriminam muitos conservadores. Acho que a palavra talvez seja apoiadores de Trump mais do que conservadores”. As declarações surgiram após questionamentos sobre uma reportagem do Wall Street Journal, que revelou planos de Trump para punir bancos que adotem práticas discriminatórias contra conservadores, sem especificar a medida a ser adotada.
Segundo um rascunho obtido pela Reuters, a medida visa instruir reguladores a investigar instituições financeiras por práticas de “desbancarização politizada ou ilegal”. Trump também mencionou medidas tomadas pelo JPMorgan Chase após seu primeiro mandato: “Eu tinha centenas de milhões, tinha muitas, muitas contas carregadas de dinheiro… e eles me disseram: ‘Sinto muito, senhor, não podemos aceitar você. Você tem 20 dias para sair'”.
Trump alegou, sem apresentar provas, que a recusa dos bancos em aceitar seus depósitos seria uma indicação de que o governo do ex-presidente Joe Biden incentivou reguladores bancários a “destruir Trump”. Ele relatou que, após ser recusado pelo JPMorgan, tentou depositar fundos no Bank of America e também foi rejeitado, o que o levou a dividir o dinheiro entre vários bancos menores. “Os bancos me discriminaram muito”, disse Trump.
Em um comunicado, o JPMorgan não abordou a alegação específica do ex-presidente, mas afirmou: “Não fechamos contas por motivos políticos e concordamos com o presidente Trump que a mudança regulatória é extremamente necessária. Elogiamos a Casa Branca por abordar essa questão e esperamos trabalhar com eles para resolver o problema”. O Bank of America também não comentou as alegações específicas de Trump na entrevista à CNBC.
Durante o governo de Joe Biden, reguladores poderiam ter questionado os bancos sobre o motivo de manterem relações financeiras com Donald Trump, devido ao chamado “risco reputacional”, segundo uma fonte familiarizada com o assunto. Outra fonte relatou que os bancos estavam sob intensa vigilância e pressão sobre o que era considerado um risco de reputação diante dos emaranhados legais de Trump. A fonte acrescentou que o JPMorgan mantém um relacionamento bancário antigo com membros da família Trump e que eles também abrigam uma série de contas de campanha relacionadas a Trump.
Após Trump assumir o mandato, o Federal Reserve anunciou, em junho, uma orientação a seus supervisores para não mais considerar o “risco de reputação” nas análises de instituições financeiras, eliminando um critério que vinha sendo alvo de críticas por parte do setor bancário. O Wall Street Journal noticiou que o esperado decreto deve instruir os órgãos reguladores a apurar se alguma instituição financeira violou a Lei de Oportunidades Iguais de Crédito, as leis antitruste ou as leis de proteção financeira do consumidor ao deixar de atender clientes por motivos políticos.
Segundo o jornal, o decreto pode ser assinado ainda nesta semana, autorizando penalidades monetárias, decretos de consentimento ou outras medidas disciplinares contra infratores. A Casa Branca não comentou o decreto. Mike Mayo, analista bancário do Wells Fargo, disse: “O que a Casa Branca está fazendo é dizer aos bancos que não se escondam atrás de regulamentos para negar empréstimos ou relacionamentos bancários. Os bancos podem usar seus padrões normais de subscrição e negar serviços, mas não podem culpar os órgãos reguladores ou usar o risco à reputação como justificativa”.
O Bank of America declarou que acolhe os esforços do governo Trump para trazer mais clareza regulatória aos bancos: “Fornecemos propostas detalhadas e continuaremos a trabalhar com o governo e o Congresso para melhorar a estrutura regulatória”. Em janeiro, Trump afirmou que os CEOs do JPMorgan Chase e do Bank of America negaram serviços aos conservadores. Na época, os dois bancos negaram que tomam decisões bancárias com base em política.
David Wagner, diretor de ações da Aptus Capital Advisors, comentou: “Essa parece ser uma retórica que provavelmente será esquecida até a hora do almoço. Não vejo nenhum impacto material sobre os bancos, pois há muitos outros fatores que, em última análise, direcionam o desempenho dos bancos, como a desregulamentação”.
A controvérsia em torno das alegações de que Bancos discriminam Trump e seus apoiadores levanta questões sobre a relação entre política e o setor financeiro. As instituições bancárias operam sob um conjunto de regulamentos e diretrizes, e qualquer percepção de viés político em suas operações pode ter amplas implicações.
Via Money Times
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