As ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA), identificadas pelo código PCAR3, enfrentaram um forte impacto negativo após a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2025. A empresa conseguiu reduzir seu prejuízo líquido, mas não atendeu às expectativas do mercado. A receita operacional mostrou leve melhora, mas não foi o suficiente para evitar a queda das ações.
O mercado reagiu com desconfiança, resultando em uma queda de 7,69% nos preços das ações, logo após a divulgação dos números. A alta alavancagem financeira da companhia, que aumentou para três vezes a relação dívida líquida/Ebitda, também causou preocupação entre analistas. O BTG Pactual analisou a situação e classificou os resultados como fracos, destacando a incerteza sobre a sustentabilidade do desempenho futuro.
Executivos do GPA também comentaram que haverá uma desaceleração na expansão das lojas, com foco na desalavancagem. Apesar das iniciativas de controle de custos e venda de ativos, os desafios do mercado de varejo continuam. As próximas decisões da empresa serão cruciais para sua recuperação e fortalecimento no segmento.
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As ações do Balanço do Grupo Pão de Açúcar (GPA), sob o código PCAR3, demonstraram uma reação desfavorável após a divulgação do relatório do segundo trimestre de 2025. Apesar da varejista alimentar ter conseguido reduzir seu prejuízo líquido consolidado de R$ 332 milhões para R$ 216 milhões em comparação com o ano anterior, o mercado reagiu negativamente. Essa melhora, influenciada pelo desempenho operacional e pelo deslocamento da Páscoa para o segundo trimestre, não foi suficiente para atender às expectativas dos investidores.
O resultado negativo, no entanto, superou as projeções do mercado, com o BTG Pactual estimando um prejuízo de R$ 145 milhões. No âmbito operacional, o Ebitda ajustado do GPA atingiu R$ 420 milhões, representando um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior e uma expansão de 0,2 ponto percentual na margem, chegando a 9%. Contudo, esse desempenho não impediu a queda das ações.
Por volta das 14h00 (horário de Brasília), as ações PCAR3 apresentaram uma queda de 7,69%, cotadas a R$ 3,12, figurando entre as maiores baixas do Ibovespa (IBOV). Analistas expressaram preocupações em relação ao balanço da companhia, que está passando por um processo de turnaround, ou seja, uma reestruturação abrangente de suas operações.
O BTG Pactual avaliou o Balanço do Grupo Pão de Açúcar como fraco, mesmo com o desempenho operacional ligeiramente acima do esperado. A instituição financeira ressaltou que a empresa enfrenta desafios significativos devido à sua alta alavancagem financeira, que continua sendo um ponto de atenção para o mercado. A alavancagem da companhia teve um aumento de 0,2 ponto, atingindo 3 vezes a relação dívida líquida/Ebitda, indicando um risco financeiro elevado.
Além disso, os analistas do BTG Pactual destacaram que o GPA suspendeu a divulgação de projeções para novas aberturas de lojas, justificando a decisão com o ritmo mais lento de inaugurações previsto para o segundo semestre de 2025 e para 2026. Essa revisão ocorre após a abertura de 213 unidades, em comparação com as 300 lojas anunciadas na projeção anterior para o período de 2022 a 2026.
Apesar da melhora nos resultados operacionais nos últimos trimestres e da implementação de iniciativas para otimizar margens e fluxo de caixa livre, o BTG Pactual ainda considera o GPA como uma das opções mais arriscadas entre os varejistas de alimentos. O banco mantém uma classificação “Neutra” para as ações da companhia, com um preço-alvo de R$ 4, o que representa um potencial de alta de 18% em relação ao fechamento recente.
Em uma teleconferência sobre os resultados, executivos do GPA informaram que haverá uma desaceleração na expansão do número de lojas no segundo trimestre deste ano, mantendo a estratégia em 2026. O foco principal será a desalavancagem, especialmente em um cenário de juros elevados. Além de reduzir o investimento em 2026, a empresa está trabalhando na venda de ativos operacionais não essenciais, que devem gerar “centenas de milhões” de reais para o caixa, conforme declarado pelo presidente-executivo Marcelo Pimentel.
A XP Investimentos também comentou sobre o Balanço do Grupo Pão de Açúcar, mencionando que o GPA apresentou resultados mistos no segundo trimestre, com uma demanda mais fraca pressionando a margem bruta. No entanto, esse impacto foi parcialmente compensado por despesas administrativas controladas. Os analistas da XP destacaram que as vendas líquidas consolidadas cresceram 4% em relação ao ano anterior, mesmo com tendências de demanda mais fracas em maio e junho.
Por sua vez, a Genial Investimentos avaliou que a margem Ebitda de 9% é “louvável”, mas questiona sua sustentabilidade caso o ritmo de crescimento das vendas nas mesmas lojas (SSS) desacelere nos próximos meses, principalmente nas bandeiras Extra e Aliados. O analista Iago Souza chamou a atenção para a resiliência da bandeira Pão de Açúcar, responsável por cerca de 50% do faturamento, que compensou o desempenho mais fraco das lojas de proximidade. A Genial Investimentos mantém uma recomendação de “Manter” para PCAR3, com preço-alvo de R$ 3,50.
Considerando os desafios no ambiente do varejo alimentar, o foco na desalavancagem e a busca por novas estratégias são cruciais para o GPA. As próximas movimentações da empresa e a resposta do mercado serão determinantes para o futuro da companhia.
Via Money Times
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