Petrobras e BP analisam parceria na Bacia de Santos

Saiba mais sobre a parceria entre Petrobras e BP e os desafios na Bacia de Santos.
06/08/2025 às 16:44 | Atualizado há 2 meses
Petrobras avalia Bumerangue
Petrobras avalia cautelosamente parceria com BP no bloco Bumerangue. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Petrobras está avaliando a possibilidade de parceria com a BP no bloco Bumerangue, na Bacia de Santos. A empresa manifesta cautela diante da alta concentração de dióxido de carbono (CO2) encontrada na área. Especialistas alertam que essa condição pode impactar a viabilidade econômica do projeto.

A descoberta no pré-sal da Bacia de Santos levanta o interesse da Petrobras, que já possui experiência em campos com alto teor de CO2. A BP anunciou a intenção de buscar um parceiro para o bloco, com a Petrobras como candidata. Contudo, ainda não houve contato formal entre as empresas para discutir a colaboração.

Apesar de a BP diminuir a preocupação com os níveis de CO2, a questão gerou cautela no mercado. A Petrobras reconhece a importância de desenvolver tecnologias para lidar com altos níveis de CO2, que ainda estão em fase inicial. O futuro da parceria depende da análise detalhada da situação.
A Petrobras avalia Bumerangue com cautela, considerando os desafios de desenvolver a produção de petróleo no bloco Bumerangue, especialmente devido à alta concentração de dióxido de carbono (CO2). A possível parceria com a BP para este projeto está sob análise minuciosa pela estatal brasileira, conforme informações de fontes internas da companhia.

A descoberta no pré-sal da Bacia de Santos, anunciada pela BP como a maior em 25 anos, despertou o interesse da Petrobras. O CEO da BP, Murray Auchincloss, manifestou a intenção de buscar um parceiro para o bloco de Bumerangue, colocando a Petrobras como um potencial candidato.

Executivos da Petrobras notaram que a própria BP mencionou no anúncio a expressiva coluna de hidrocarbonetos de 500 metros em Bumerangue, acompanhada de elevados volumes de CO2. A concentração de CO2 é um fator crucial, pois pode impactar a viabilidade econômica do projeto, segundo especialistas.

Apesar de Gordon Birrell, chefe de produção e operações da BP, ter minimizado a preocupação com os níveis de dióxido de carbono, a questão gerou cautela no mercado. A Petrobras possui experiência com campos de alta concentração de CO2, como Júpiter, que possui 70% de CO2 e ainda não é economicamente viável.

Uma fonte da Petrobras comentou que a estatal está desenvolvendo tecnologias para viabilizar descobertas com alto teor de CO2, mas ainda está no início desse processo. Outra fonte ponderou que a descoberta de Bumerangue está fora do “filé mignon” do pré-sal, distante cerca de 200 km dos campos de Tupi e Búzios.

Até o momento, a BP não procurou a Petrobras para discutir o projeto Bumerangue. Um executivo da Petrobras considerou a descoberta “bem promissora”, mas ressaltou a questão do CO2. Uma terceira fonte acredita que a BP apresentará os dados de Bumerangue à Petrobras em algum momento, mas que ainda há um longo caminho para avaliar a viabilidade da descoberta.

Uma quarta fonte da Petrobras afirmou que a empresa está sempre atenta a potenciais oportunidades e que, no Brasil, a Petrobras é o melhor parceiro. A BP já possui parcerias com a Petrobras em outros blocos, como Alto de Cabo Frio Central, na Bacia de Campos.

A BP informou que não comentaria o assunto, e a Petrobras não respondeu imediatamente ao pedido de comentários. A questão da concentração de CO2 em Bumerangue continua sendo um ponto de atenção para a Petrobras avalia Bumerangue.

Via Money Times

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