As ações da Lojas Renner (LREN3) apresentaram uma queda significativa de 7% no Ibovespa, após a divulgação de seu balanço referente ao segundo trimestre de 2025. Essa queda surpreende, uma vez que especialistas consideram os resultados da empresa geralmente positivos, apesar das incertezas para o futuro.
No segundo trimestre, a Lojas Renner reportou um lucro líquido de R$ 404,5 milhões, um aumento de 28,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento se deve à elevação da receita líquida, que alcançou R$ 3,6 bilhões, refletindo um aumento de 18,5%. As vendas nas mesmas lojas também tiveram um desempenho destacado, com um crescimento de 18,6%.
Apesar dessa performance, o BTG Pactual ressalta a possibilidade de desafios para a margem bruta no futuro, enquanto o Itaú BBA observa que o segundo semestre pode apresentar uma desaceleração no crescimento. Assim, mesmo com um trimestre sólido, as incertezas continuam a causar volatilidade nas ações da Lojas Renner.
As ações da Lojas Renner (LREN3) registraram uma queda acentuada no Ibovespa nesta sexta-feira (8), impactadas pela divulgação do balanço do segundo trimestre de 2025. Esse movimento no mercado acionário surpreende, pois diverge da análise de especialistas que consideram os resultados da empresa sólidos, apesar das incertezas para o segundo semestre.
A Lojas Renner apresentou um lucro líquido de R$ 404,5 milhões no período, representando um aumento de 28,4% em relação ao mesmo período de 2024. Esse crescimento no lucro líquido foi impulsionado pelo aumento da receita líquida da empresa.
O faturamento da varejista de moda cresceu 18,5% na comparação anual, atingindo R$ 3,6 bilhões. As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) também apresentaram um crescimento significativo de 18,6%.
O lucro bruto da Lojas Renner foi de R$ 2,1 bilhões, um aumento de 20,4% em relação ao ano anterior. A margem bruta da empresa subiu 0,9 ponto percentual, atingindo 57,1%, impulsionada pela maior participação de produtos de inverno no mix de vendas.
As despesas operacionais da varejista também aumentaram, com alta de 15,9% no ano, totalizando R$ 1,3 bilhão. A companhia atribui esse aumento principalmente aos maiores volumes de vendas registrados no período.
No pregão desta sexta-feira (8), as ações da Lojas Renner chegaram a cair mais de 7%, figurando entre as maiores quedas do Ibovespa. Por volta das 14h55 (horário de Brasília), a queda era de 5,49%, cotadas a R$ 17,05.
O Bradesco BBI avaliou os resultados da Lojas Renner como robustos, conforme esperado. No entanto, os analistas não acreditam que os números do trimestre justifiquem uma revisão positiva das projeções da empresa. Eles ponderam que o lucro bruto do setor de vestuário foi compensado por despesas um pouco maiores do que o esperado e pelo desempenho da Realize.
Os analistas do BBI recordam a temporada de resultados do segundo trimestre de 2022, que também foi marcada por resultados operacionais sólidos entre os players de renda média, mesmo que por razões distintas do 2T25. Eles ressaltam a dificuldade em avaliar qual parcela do forte desempenho foi impulsionada por fatores micro ou macroeconômicos.
O BTG Pactual, por sua vez, acredita que, apesar dos fundamentos menos favoráveis em relação aos níveis históricos, com crescimento mais lento e desafios para recuperar margens em um segmento mais competitivo, ainda existem chances de alta nos números da Lojas Renner para este ano. A melhora da margem bruta é apontada como um fator-chave para essa perspectiva.
A Genial Investimentos destaca que o balanço da Renner confirmou a expectativa positiva para o setor de vestuário. O analista Iago Souza afirma que a base de comparação mais fraca do ano anterior criou um ambiente propício para o crescimento, e a Renner soube aproveitar esse momento de forma eficiente.
O Itaú BBA ressalta que as atenções se voltam para o segundo semestre do ano, com uma possível desaceleração e bases de comparação desafiadoras. Os analistas pontuam que os resultados do segundo trimestre, embora fortes, oferecem pouca clareza sobre o desempenho de vendas futuro da empresa.
Via Money Times