Os três maiores bancos privados do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, apresentaram resultados expressivos no segundo trimestre de 2025, totalizando um lucro combinado de R$ 21,234 bilhões. Este número representa um aumento de 17% em comparação ao mesmo período do ano anterior, mesmo em um cenário de cautela na concessão de crédito. Constatou-se que a inadimplência permaneceu sob controle e não houve necessidade de elevações significativas nas provisões para devedores duvidosos.
O Itaú destacou-se com um lucro de R$ 11,5 bilhões, superando os resultados de Bradesco e Santander. Com um retorno de 23,2%, o Itaú se posicionou à frente nos índices de eficiência e rentabilidade entre os bancos analisados. Bradesco, por sua vez, passou por um processo de reestruturação, que já apresenta resultados positivos, aumentando seu retorno em relação ao ano anterior.
O cenário econômico desafiador levou os bancos a adotarem uma postura mais cautelosa na concessão de crédito, priorizando linhas garantidas. O Bradesco, em particular, mostrou um avanço significativo na carteira de crédito geral, com um crescimento de 11,7% nos últimos 12 meses. O acompanhamento das próximas estratégias e balanços será crucial para entender a evolução e a solidez do setor financeiro no Brasil.
Os três maiores bancos privados do Brasil – Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) – registraram um lucro de bancos combinado de R$ 21,234 bilhões no segundo trimestre de 2025, representando um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Este resultado foi alcançado em um período de maior cautela na concessão de crédito, mas sem grandes surpresas em relação à inadimplência e sem aumentos significativos nas provisões para devedores duvidosos.
O Itaú se destacou novamente, apresentando um lucro de bancos de R$ 11,5 bilhões, superando a soma dos lucros de Bradesco e Santander. Além disso, o Itaú obteve o maior retorno, com 23,2%, em comparação com 16% do Santander e 14% do Bradesco. Este último está passando por um processo de reestruturação interna, que tem gerado resultados positivos, elevando seu retorno de cerca de 11% no ano anterior.
Os bancos não preveem impactos significativos em suas carteiras de crédito devido às tarifas de Donald Trump, embora reconheçam que as alíquotas anunciadas pelo presidente dos EUA possam afetar empresas específicas. Segundo Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, os impactos das tarifas são imateriais na carteira de crédito do banco.
No segundo trimestre, os bancos adotaram uma postura mais cautelosa em relação ao crédito, priorizando linhas com garantia na carteira de pessoa física. O Santander foi o mais rigoroso nessa estratégia, com uma redução de 1% na carteira em comparação trimestral. Itaú e Bradesco apresentaram aumentos de 0,4% e 1,3%, respectivamente.
Em um cenário macroeconômico desafiador, com sinais de desaceleração econômica, o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, enfatizou a importância de manter a cautela e preservar a qualidade das novas safras de crédito. O Bradesco, que lidera o crescimento do crédito com um avanço de 11,7% na carteira geral em 12 meses, adotou uma abordagem mais seletiva, aguardando ajustes técnicos e operacionais antes de liberar empréstimos em linhas como o consignado privado.
O balanço do Bradesco era particularmente aguardado devido ao seu processo de reestruturação. Noronha afirmou que a transformação continua a apresentar resultados concretos, embora ainda não tenha sido concluída. A expectativa para o Itaú era de um resultado sem surpresas, o que se confirmou. Analistas da Genial Investimentos, Eduardo Nishio e Nina Mirazon, descreveram o trimestre do banco como sólido e consistente, destacando sua liderança em escala, eficiência e lucratividade em comparação com seus concorrentes.
Milton Maluhy destacou que o Itaú tem apresentado resultados consistentes, com crescimento e inadimplência sob controle. O índice de atrasos acima de 90 dias do banco permaneceu estável em 1,9%. Ele também mencionou a capacidade do banco de entregar boa rentabilidade, com um retorno acima de 20%, e um retorno de 30% na operação de atacado no segundo trimestre.
Para o segundo semestre, Maluhy demonstra cautela em relação à atividade das empresas devido à taxa de juros de 15% ao ano. Ele prevê um volume baixíssimo ou nulo de ofertas de ações (IPO), com o Brasil completando quatro anos sem IPOs neste mês.
No contexto do lucro de bancos, as estratégias adotadas por cada instituição financeira, como a seletividade na concessão de crédito e a busca por linhas com garantia, demonstram uma adaptação ao cenário econômico e a preocupação em manter a solidez e a rentabilidade. Acompanhar os próximos balanços e as decisões estratégicas desses bancos será fundamental para entender a evolução do setor financeiro brasileiro.
Via Money Times