Tanure pode desistir da compra da Braskem sem acordo

Incertezas cercam a aquisição da Braskem por Tanure sem um acordo em Alagoas.
12/08/2025 às 10:03 | Atualizado há 2 dias
Braskem afundamento em Alagoas
Tanure vê a solução em Alagoas como essencial para a oferta da Braskem. (Imagem/Reprodução: Investnews)

O futuro da Braskem, maior petroquímica da América Latina, vive um momento de incerteza. Nelson Tanure está considerando desistir da aquisição se não for firmado um acordo abrangente com autoridades sobre o afundamento do solo em Alagoas. O prazo para a exclusividade da negociação se encerra em breve, e a resolução das pendências legais ainda não está clara.

Tanure entrou em um acordo de exclusividade por 90 dias para negociar a compra da participação da Novonor na Braskem. A Petrobras, que co-controla a empresa, possui preferência na aquisição. Entretanto, questões relacionadas ao afundamento em Maceió ainda precisam ser abordadas para que Tanure siga adiante com a compra.

Além disso, novos concorrentes, como a gestora IG4 Capital, estão se movimentando para apresentar propostas assim que o acordo de exclusividade termine. A situação da Braskem gera grande ansiedade no mercado, e a resolução do caso se torna vital tanto para a empresa quanto para as milhares de pessoas afetadas.
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O futuro da aquisição da Braskem afundamento em Alagoas, a maior petroquímica da América Latina, por Nelson Tanure está incerto. A concretização do negócio depende de um acordo amplo com as autoridades sobre as questões relacionadas ao afundamento do solo na capital alagoana.

Em maio, Tanure assinou um acordo de exclusividade de 90 dias para negociar a compra da participação da Novonor na Braskem. A Petrobras, que divide o controle da petroquímica com a Novonor, tem o direito de preferência na aquisição.

Desde então, Tanure tem se dedicado a resolver as pendências legais decorrentes do afundamento do solo em Maceió, onde a Braskem operava minas de sal-gema. A empresa já gastou cerca de R$ 13 bilhões nos últimos anos para compensar milhares de famílias afetadas pelo desastre.

O prazo de exclusividade do acordo atual se encerra em 21 de agosto e a resolução da investigação ambiental ainda não foi definida.

Em resposta à Reuters, Tanure declarou que a resolução do caso é uma condição inegociável para a continuidade da oferta pela Braskem.

Segundo o empresário, é imprescindível um acordo com todas as partes envolvidas no desastre de Alagoas, que garanta a não transferência da responsabilidade penal e financeira para os novos acionistas.

As autoridades atribuem o afundamento às atividades de extração de sal-gema da Braskem, iniciadas na década de 1970 e interrompidas em 2019, após o surgimento de rachaduras em edifícios e ruas de Maceió.

A estratégia de Tanure e o interesse da Unipar

Enquanto Tanure avalia suas opções, a gestora de private equity IG4 Capital se prepara para apresentar uma oferta concorrente assim que o período de exclusividade entre o empresário e a Novonor terminar. O plano da IG4 é consolidar a dívida bancária da Novonor e convertê-la em ações da Braskem.

Braskem, Novonor e IG4 não se pronunciaram sobre o assunto.

As discussões sobre o futuro do controle da Braskem coincidem com a tentativa da Unipar de adquirir fábricas de polipropileno da Braskem nos EUA por cerca de US$1 bilhão, conforme divulgado pela mídia e confirmado pela Reuters.

A proposta da Unipar, divulgada na semana passada, não conta com a aprovação de partes importantes, incluindo Tanure e IG4, segundo fontes.

A situação da Braskem e o afundamento em Alagoas geram grande incerteza no mercado. A resolução do caso é crucial para o futuro da empresa e para a vida das milhares de pessoas afetadas.

Via InvestNews

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.