Excesso de Oferta de Petróleo em 2026 Superará Níveis da Pandemia

Em 2026, o mundo enfrentará um excedente de petróleo maior que durante a pandemia. Entenda os efeitos desse cenário.
13/08/2025 às 11:01 | Atualizado há 1 mês
Excesso de oferta de petróleo
Sobreoferta de petróleo em 2024 deve superar os níveis de 2020, em plena pandemia. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

O mercado de petróleo prevê um cenário alarmante para 2026, com um excesso de oferta que superará os níveis de 2020. A Agência Internacional de Energia (IEA) estima uma média de 2,96 milhões de barris por dia a mais no mercado. Esse aumento se deve à produção impulsionada, enquanto a demanda global cresce lentamente.

O consumo mundial deve subir apenas 680.000 barris por dia em 2025 e 700.000 em 2026. Esse crescimento é o mais baixo observado desde 2019, afetado por incertezas econômicas em nações como Brasil, China e Índia. O Brasil, além de aumentar a oferta, também enfrenta um cenário de demanda reduzida.

Os preços do Brent já apresentam uma queda de 12% este ano, reflexo do aumento da produção e da pressão política. A IEA alerta que ajustes serão necessários para equilibrar o mercado, especialmente se sanções a países como Irã e Rússia forem aplicadas. O dilema do excesso de oferta traz grandes desafios para o setor energético.





Previsão de Excesso de Oferta de Petróleo em 2026 Supera Níveis da Pandemia

O mercado de petróleo se prepara para um cenário de excesso de oferta de petróleo sem precedentes em 2026, superando até mesmo os níveis observados durante o auge da pandemia em 2020. A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou dados que, caso se confirmem, podem impactar significativamente a Petrobras e o setor energético global.

A IEA projeta que o excesso de oferta atingirá uma média de 2,96 milhões de barris por dia em 2026. Esse volume é impulsionado por uma demanda global crescente, mas que não acompanha o ritmo da expansão da produção. O consumo de petróleo deverá aumentar apenas 680.000 barris por dia em 2025 e 700.000 barris por dia em 2026, totalizando 104,4 milhões de barris diários.

Este representa o menor crescimento desde 2019, influenciado pela confiança abalada do consumidor e pela demanda abaixo do esperado em países como China, Egito, Índia e Brasil, de acordo com a Bloomberg.

O Brasil, além de contribuir para a menor demanda, também figura entre os países que mais aumentam a oferta global de petróleo, juntamente com Canadá, EUA e Guiana. A IEA agora estima que a oferta de petróleo fora da OPEP+ terá um acréscimo de 1 milhão de barris por dia em 2026, contrastando com a projeção anterior de apenas 100.000 barris por dia.

O preço do Brent já recuou 12% no ano, cotado a US$ 66, refletindo o aumento da produção pela OPEP+ e as políticas tarifárias de Trump, que afetam o mercado. Os estoques mundiais de petróleo atingiram o pico em 46 meses em junho, o que sugere que os preços podem continuar a cair após o período de alta demanda no verão do Hemisfério Norte.

Novas sanções contra a Rússia ou Irã poderiam restringir a oferta e exercer pressão sobre os preços. A IEA alerta que “algo terá que ceder para que o mercado se equilibre”, indicando a necessidade de ajustes para evitar desequilíbrios ainda maiores.

Diante desse cenário, o mercado global de excesso de oferta de petróleo deverá passar por um período de grandes desafios e possíveis reajustes.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.