Americanas (AMER3): CEO fala sobre o futuro após a crise

Descubra o que o CEO da Americanas prevê para a empresa após a crise e o processo de recuperação judicial.
14/08/2025 às 07:04 | Atualizado há 1 mês
Recuperação judicial da Americanas
Leonardo assume a liderança da Americanas em meio a desafios e reestruturação. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Americanas continua sua recuperação judicial após um período conturbado. Sob a liderança de Leonardo Coelho e Camille Faria, a empresa trabalha para restaurar sua saúde financeira e operacional. Os resultados do segundo trimestre de 2025 indicam um avanço, com redução de prejuízos, embora analistas permaneçam cautelosos.

O volume bruto de mercadorias (GMV) teve um crescimento de 15,6%, totalizando R$ 5,2 bilhões. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo GMV físico, que aumentou 35,7%, enquanto o GMV digital diminuiu em 68,7%. Essa diferença reflete mudanças no modelo de negócios, focando na integração das operações físicas e digitais.

A Americanas também planeja vender a rede de hortifrutis Natural da Terra para levantar recursos e reduzir dívidas significativas. No entanto, a empresa adotou uma abordagem conservadora em relação à expansão, adiando planos de abertura de novas lojas até 2026, enquanto busca normalizar operações e reconquistar a confiança dos investidores.
Após um período turbulento marcado por fraudes contábeis, a Recuperação judicial da Americanas segue em frente. Sob a liderança do CEO Leonardo Coelho e da CFO Camille Faria, a empresa busca restabelecer sua saúde financeira e operacional. Os resultados do segundo trimestre de 2025 mostram sinais de progresso, com a redução do prejuízo e o aumento do Ebitda, embora analistas mantenham cautela.

O volume bruto de mercadorias (GMV) apresentou um crescimento de 15,6% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 5,2 bilhões. Esse aumento foi impulsionado pelo desempenho do GMV físico, que cresceu 35,7%, atingindo R$ 4,35 bilhões. Em contrapartida, o GMV digital teve uma retração de 68,7%, somando R$ 213 milhões, enquanto o GMV de “outros” avançou 4,0%, chegando a R$ 634 milhões.

De acordo com o CEO, essa disparidade reflete as mudanças implementadas no modelo de negócios digital da Americanas. Antes, as operações de varejo físico, digital e financeiro funcionavam de forma independente. A partir de 2023, a gestão focou na integração dessas áreas para criar sinergias e oferecer uma experiência mais consistente aos clientes, colocando a loja física como o principal ponto de contato.

A Americanas planeja retomar o processo de venda da rede de hortifrutis Natural da Terra, como parte do seu plano de Recuperação judicial da Americanas. A CFO Camille Faria informou que o processo competitivo está em andamento e tem atraído participantes engajados. A venda deste ativo, que já estava em discussão no final de 2023, tem como objetivo levantar recursos para abater cerca de R$ 1,9 bilhão em dívidas.

A diretoria da Americanas adotou uma postura conservadora em relação à expansão, devido ao cenário macroeconômico incerto, com taxas de juros elevadas e instabilidades fiscais e políticas. O plano de abertura de novas lojas está paralisado e só deve ser retomado em 2026. A empresa busca normalizar suas operações e fortalecer sua estrutura de capital para atrair novamente a confiança dos investidores, que atualmente é limitada.

Com a Recuperação judicial da Americanas em andamento, a empresa se concentra em melhorar seu desempenho operacional e alinhar suas estratégias de negócios. A expectativa é que, ao final do processo de recuperação, a Americanas possa operar em um ambiente de maior normalidade, buscando um crescimento sustentável e reconquistando a confiança do mercado.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.