BC critica liberação do compulsório como solução para funding imobiliário

Gilneu Vivan, do Banco Central, afirma que liberar compulsório não resolve os desafios do funding imobiliário. Entenda mais sobre as propostas discutidas.
14/08/2025 às 12:01 | Atualizado há 1 mês
Funding imobiliário
Gilneu Vivan defende mudanças graduais na alocação de recursos para o funding imobiliário. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Durante o Abecip Summit 2025, Gilneu Vivan, diretor de regulação do Banco Central, afirmou que a liberação do compulsório da poupança não traz soluções para o funding imobiliário. Ele enfatizou que o foco deve ser a mudança na percepção sobre a poupança, e não apenas na redução do compulsório.

Vivan explicou que a proposta em discussão visa direcionar a poupança para a concessão de crédito, ressaltando que o saldo total reflete vários prazos e taxas de amortização. A transformação no funding é complexa e requer o engajamento de todos os atores do setor, com um processo que pode levar uma década para ser implementado.

A declaração de Vivan reacende o debate sobre estratégias para fortalecer o funding imobiliário. À medida que o mercado financeiro enfrenta desafios, a busca por alternativas que garantam acesso ao crédito é crucial. O Abecip Summit 2025 se consolida como um espaço importante para diálogos que moldam o futuro sustentável do setor.
A liberação do compulsório da poupança não é a solução mágica para impulsionar o Funding imobiliário. Essa é a visão de Gilneu Vivan, diretor de regulação do Banco Central, expressa durante o Abecip Summit 2025. O evento, promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança em São Paulo, serviu de palco para discussões sobre o futuro do setor.

O compulsório da poupança representa uma parcela dos depósitos que os bancos devem reter. Uma das propostas em análise é reduzir essa porcentagem, injetando mais crédito no mercado imobiliário. No entanto, Vivan acredita que a discussão central deve ser a mudança na forma como se encara a poupança.

Em vez de focar no saldo total, a proposta é direcionar a poupança para a concessão de crédito. Para Vivan, o saldo é um reflexo de diferentes prazos e taxas de amortização. Ele resume como um conjunto de operações distintas ao longo do tempo. A mudança no funding é um processo complexo, que exige o envolvimento de todos os agentes do setor.

Segundo Vivan, essa transição será gradual e pode levar pelo menos 10 anos para ser implementada. Ele enfatizou que não há soluções imediatas e que qualquer mudança será feita de forma cuidadosa. O diretor do Banco Central ressaltou que o processo levará em conta todos os agentes do setor, garantindo uma transição mais suave.

A declaração de Vivan durante o Abecip Summit 2025 reacende o debate sobre as estratégias para fortalecer o Funding imobiliário. A busca por alternativas que impulsionem o setor continua sendo uma prioridade. Principalmente diante das complexidades do mercado financeiro e da necessidade de garantir o acesso ao crédito para a população.

Enquanto isso, o mercado imobiliário segue atento às discussões e propostas que podem moldar o futuro do setor. A Abecip Summit 2025 se consolida como um espaço crucial para o diálogo e a construção de soluções que beneficiem toda a cadeia produtiva. A expectativa é que novas medidas e debates continuem a surgir nos próximos meses.

O cenário do Funding imobiliário permanece em constante evolução. O setor busca alternativas para garantir o crescimento sustentável e o acesso à moradia para todos.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.