A trajetória do Windows Vista: Do lançamento ao esquecimento

Entenda os motivos que levaram o Windows Vista a ser um dos maiores fracassos da Microsoft.
16/08/2025 às 09:04 | Atualizado há 2 semanas
Windows Vista
Reformulação da plataforma não superou o charme e a leveza do Windows XP. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)

O Windows Vista, lançado em 2007 pela Microsoft, enfrentou inúmeros desafios logo após seu lançamento. Pensado para suceder o Windows XP, o Vista trouxe inovações, mas falhou em conquistar os usuários. O sistema foi marcado por problemas de desempenho e alta taxa de incompatibilidade de drivers, que resultaram em grandes frustrações para os consumidores.

Entre suas novidades, estava a interface Aero, mas muitos usuários consideraram que isso não compensava os travamentos e a lentidão do sistema. A Microsoft ofereceu diversas opções de versões, mas com diferenças pouco claras, o que dificultou a escolha do usuário. A popularidade ainda forte do Windows XP levou muitos a retornarem a esse sistema, exacerbando o fracasso do Vista.

O fim do suporte oficial ao Windows Vista ocorreu em 2017, após anos de críticas. Hoje, mantém-se a recomendação de não utilizá-lo devido às vulnerabilidades e à falta de compatibilidade com novos programas. O legado do Vista é lembrado como um alerta dentro da Microsoft, e o CEO da época, Steve Ballmer, admitiu que esse foi um de seus maiores arrependimentos.
A Microsoft, gigante da tecnologia, consolidou-se como referência no desenvolvimento de sistemas operacionais para computadores. Contudo, nem todas as suas criações alcançaram o sucesso esperado. Um exemplo notório é o Windows Vista, uma versão que enfrentou desafios desde o início e, apesar de algumas ideias inovadoras, é frequentemente lembrado como um dos maiores tropeços da empresa.

O Windows Vista surgiu com a ambiciosa missão de suceder o aclamado Windows XP. A Microsoft planejou uma atualização radical, recheada de melhorias complexas. Internamente conhecido como Longhorn, o projeto, iniciado em 2001, esbarrou em atrasos e obstáculos técnicos. Em 2004, o projeto foi reformulado, com foco renovado e código baseado no Windows Server 2003 Service Pack 1.

Entre os recursos planejados, destacavam-se o WinFS, um novo sistema de busca interna, e uma barra lateral repaginada, além de um Menu Iniciar mais completo. Alguns elementos sobreviveram, enquanto outros, como o WinFS, foram implementados em outras ferramentas, como o Microsoft SQL Server. O “plano B” tornou-se a versão final, e em 30 de janeiro de 2007, a Microsoft lançou o Windows Vista, visando “trazer clareza ao mundo”.

A grande novidade do Windows Vista foi a interface Aero, com elementos de transparência que simulavam vidro e efeitos visuais aprimorados. Além disso, o sistema introduziu o Windows Defender, busca aprimorada e o painel lateral herdado do Longhorn. No entanto, a plataforma ficou marcada por problemas, incluindo desempenho insatisfatório, incompatibilidade de drivers e um sistema de segurança intrusivo.

Os problemas do Windows Vista incluíam o desempenho: os novos recursos e adições gráficas tornaram o sistema pesado e lento, resultando em travamentos. Muitos computadores que rodavam o Windows XP sem problemas tiveram dificuldades com a atualização. Além disso, havia uma alta taxa de incompatibilidade de drivers, causando falhas em som, imagem e rede, e o Controle de Conta de Usuário (UAC) exibia alertas de segurança em excesso, interrompendo a navegação.

A Microsoft também complicou a escolha de versões, oferecendo as opções Starter, Home Basic, Home Premium, Business, Enterprise e Ultimate, nem sempre com diferenças claras entre si. A popularidade do Windows XP também pesou, levando muitos usuários a reverter a atualização. Os problemas no desenvolvimento, como atrasos e reformulações, também contribuíram para o resultado final.

Assim como outros sistemas operacionais da Microsoft, o Windows Vista seguiu um cronograma de suporte até ser considerado obsoleto. O suporte oficial terminou em 2010 para sistemas sem Service Packs, e o fim definitivo ocorreu em 11 de abril de 2017. Atualmente, não é recomendável manter o Windows Vista instalado, devido à falta de otimização, vulnerabilidades e incompatibilidade com programas e serviços.

O Windows Vista nunca alcançou a liderança de mercado, ficando atrás do Windows XP, com 400 milhões de usuários em 2009. A Microsoft conseguiu se recuperar com o lançamento do Windows 7, uma atualização mais segura e bem recebida. O trauma do Windows Vista marcou a empresa, e o então CEO Steve Ballmer admitiu que o sistema foi seu maior arrependimento.

Via TecMundo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.