Após divulgação dos resultados do 2T25, a Taesa (TAEE11) anunciou um lucro líquido de R$ 299,4 milhões e uma receita líquida de R$ 859 milhões, refletindo um crescimento em relação ao ano passado. Como parte do resultado, a empresa vai distribuir dividendos totalizando R$ 299,4 milhões, sendo R$ 0,28 por ação e R$ 0,86 por unit. A expectativa é que esses proventos sejam creditados em 27 de novembro, o que atraiu a atenção dos investidores.
Entretanto, a recomendação do analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, é de cautela. Apesar da performance positiva no segundo trimestre, ele alerta para futuras incertezas, como o fim de concessões importantes e a possibilidade de novos projetos com retornos menores. Para ele, as ações da Taesa não deveriam ser uma prioridade na carteira de investimentos neste momento.
Em sua análise, Hungria destaca que o preço das ações já reflete a expectativa de dividendos, o que pode resultar em quedas após o pagamento. O P/L da ação está em 11,7, indicando uma precificação justa. Diante de todos esses pontos, ele sugere que cautela é fundamental para evitar perdas neste investimento.
Após o fechamento do mercado na última quarta-feira (13), a Taesa (TAEE11) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), superando as expectativas do mercado. A companhia apresentou uma receita líquida de R$ 859 milhões, um aumento de 6,3% em relação ao 2T24. O Ebitda regulatório atingiu R$ 726 milhões, crescendo 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A grande surpresa foi o lucro líquido positivo de R$ 299,4 milhões.
Juntamente com os resultados financeiros, a Taesa (TAEE11) também anunciou a distribuição de proventos no montante de R$ 299,4 milhões. Desse total, R$ 0,28 serão pagos por ação ordinária e preferencial, enquanto R$ 0,86 serão destinados por unit. Os dividendos da Taesa e JCP serão creditados aos acionistas em 27 de novembro, considerando a posição acionária de 18 de agosto de 2025.
Com a notícia dos dividendos da Taesa, muitos investidores se questionam se vale a pena adquirir as ações da Taesa (TAEE11) neste momento, buscando aproveitar parte dos lucros. No entanto, Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, recomenda cautela, sugerindo que as ações da empresa de energia elétrica sejam mantidas fora das carteiras de investimento.
Hungria tem alertado os investidores sobre possíveis mudanças na dinâmica da companhia, apontando que o término de concessões importantes e o envolvimento em novos projetos com retornos potencialmente menores poderiam impactar negativamente os dividendos da Taesa. Apesar dos números do 2T25 terem superado as expectativas, o analista mantém uma recomendação neutra para as ações da empresa.
Segundo o analista, o resultado do período foi impulsionado pelo início das operações do ativo Pitiguari, reforços da Novotrans, ajustes nas receitas devido aos indexadores IPCA e IGP-M, além de uma redução na alíquota de imposto. Outro ponto levantado é que a ação está sendo negociada a 11,7 vezes o Preço sobre Lucro (P/L), o que indica que a companhia está bem precificada e sem grande potencial de valorização.
Embora a Taesa tenha anunciado dividendos da Taesa, a compra das ações agora pode resultar em perdas para o investidor. Além da expectativa de menor valorização das ações, os analistas da Empiricus Research explicam que o preço dos dividendos da Taesa e JCP já está embutido no valor da ação, o que geralmente causa uma correção no preço no dia seguinte à data de corte.
Diante dessas considerações, o analista da Empiricus acredita que, no momento, é mais prudente não incluir a Taesa (TAEE11) na carteira de dividendos da Taesa.
Via Money Times